Edição 1139

PorExpresso das Ilhas,27 set 2023 0:05

O Expresso das Ilhas desta semana chama para manchete o tema da formação de médicos em Cabo Verde.

Em Outubro de 2015, após meticulosos dois anos de preparação, o curso de Medicina da Uni-CV foi oficialmente inaugurado. Sob a supervisão da Universidade de Coimbra, esse curso "Sandwich" tem moldado futuros médicos em Cabo Verde. No entanto, enfrenta desafios desde a selecção dos estudantes até à empregabilidade pós-graduação. Alunos como Hillary Duarte e Silvana Veiga partilham as suas experiências e preocupações, destacando a necessidade de investimento, especialização e reconhecimento internacional para o sucesso contínuo do curso de Medicina no país.

Também em destaque o investimento agrícola que há mais de duas décadas está a ser feito no Sal, uma das ilhas menos férteis e onde há menos água de todo o país.

Não é fácil ser agricultor em Cabo Verde. Os factores geoclimáticos influenciam e determinam um conjunto de problemas históricos e recorrentes. A cobertura vegetal das ilhas sofreu uma deterioração acelerada devido aos cinco séculos de sobre-exploração agrícola e pecuária, o que resultou em processos de erosão que originaram, na expressão da investigadora Marina Temudo, um processo de “emagrecimento da terra”, referindo-se neste caso particular à ilha de Santiago. Mas para além de uma agricultura familiar e de sobrevivência, emergem ínsulas de produção mais sofisticada e rentável, uma delas, numa das ilhas onde menos se esperaria: o Sal. É o caso da Milot Hydroponics, nome composto, na primeira parte, por uma homenagem ao pai – Milot era o nominho do progenitor de Emílio Lobo, o responsável pela empresa – e na segunda, como se percebe, por uma das técnicas usadas na produção – a hidroponia.

Destaque igualmente para a Assembleia Geral das Nações Unidas em que o Sul global reivindicou o direito a ser protagonista do seu futuro e quer “nova abordagem” no acesso a recursos financeiros.

Na capa da edição desta semana do Expresso das Ilhas abordamos o tema da situação da Justiça.

Nunca a Justiça cabo-verdiana recebeu tantos novos processos como no ano de 2022/2023. Durante esse ano judicial, manteve-se a tendência de crescimento da demanda dos últimos tempos, com mais de 14 mil processos a dar entrada nos tribunais. O aumento deve-se ao incremento dos processos de natureza criminal, o que insta “a todos” à identificação das suas causas e adopção de medidas preventivas, defende Conselho Superior de Magistratura Judicial. No geral, ainda a destacar que as entradas superam os processos resolvidos, e o ano judicial 2023/2024 arranca com cerca de 11 mil pendências, mais mil do que no ano passado.

Em sentido inverso à Magistratura Judicial, os Serviços do Ministério Público dão conta de um decréscimo dos processos-crime entrados 2022/2023, mas também aqui há um aumento da pendência na ordem dos mil processos. Ministério Público atribui a descida na taxa de produtividade à falta de recursos humanos, sendo que, por exemplo, a média de processos-crime em instrução é de cerca 2.400 para cada Procurador. Na Praia, o ratio por cada Procurador sobe para 5.665 processos.

Também em destaque está a diversificação do turismo em Cabo Verde que vai estar em debate na 1ª Conferência Internacional de Turismo da Natureza que vai decorrer na próxima sexta-feira na Ribeira Grande, em Santo Antão. Actividades começam a 27, Dia Mundial do Turismo.

A ler igualmente os artigos de opinião de Manuel Brito-Semedo ‘Carreira Docente Universitária’; de César Monteiro com ‘Música cabo-verdiana, diversidade e centralidade da investigação’ e de João Neves com ‘A brecha digital e a governação da internet’.

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Autoria:Expresso das Ilhas,27 set 2023 0:05

Editado porAndre Amaral  em  1 mai 2024 23:28

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