“Queria fazer alguma coisa para obter uma renda extra para ajudar em casa. Comecei a pesquisar e comecei com croché, porque já tinha aprendido com a minha mãe”, conta.
As flores chegaram pouco depois, com o empurrão de uma experiência profissional. A perda da mãe e a chegada da filha levaram-na a montar o próprio negócio em casa.
Indira cria arranjos florais que não precisam de água nem de sol, são feitos de fita de cetim e encomendados, sobretudo, por finalistas e noivas.
“O cetim tem mais brilho, é mais delicado. Dá um charme. Fica diferente das flores artificiais das lojas”, explica, enquanto revela que os seus buquês também chegam ao interior de Santiago e à ilha do Fogo.
E como é feito um buquê desses? Indira explica que, por vezes, os clientes escolhem entre modelos que já tem, mas que muitos preferem enviar inspirações retiradas da internet.
“Depois, inspiro-me nesses modelos para criar algo único”, conta. E mesmo que pareçam simples de fazer agora, cada flor leva consigo horas de dedicação.
“Coloco sempre muito amor e carinho. Tento fazer o melhor que puder para ficar mais perfeito”, revela.
Nem tudo são pétalas suaves. A maior dificuldade? A cor, como diz Indira. “Às vezes o cliente quer um tom específico e não encontro no mercado. Mas explico e juntos escolhemos outro que esteja disponível”.
Entre rosas, girassóis e orquídeas, há sempre um favorito. “A rosa é mais fácil e é o que mais pedem. Mas gosto muito de fazer girassóis e orquídeas também”, conta.
Indira acredita que o verdadeiro valor está na emoção que os seus buquês transmitem.
“É algo delicado, sensível, que dura mais tempo do que uma flor natural. Pode decorar a casa ou marcar um momento especial. E é uma forma bonita de mostrar amor e carinho”.