Isa e as linhas mágicas: quando o croché vira terapia e arte com alma

PorSheilla Ribeiro,7 ago 2025 9:16

Isa Morais Rodrigues aprendeu a fazer croché, ou como diz, “popularmente mais conhecido por renda”, ainda em criança, pelas mãos da avó e da mãe. Tinha sete ou oito anos e o primeiro projecto foi modesto, mas cheio de charme e propósito, um porta-guardanapos.

“Usavam-se mais guardanapos de fazenda na hora das refeições, e cada pessoa tinha um porta-guardanapo diferente para não se confundir com o dos outros”, recorda com um sorriso na voz.

Hoje, com uma carreira no Ministério dos Negócios Estrangeiros, é nas horas vagas que dá asas à criatividade, transformando linhas em verdadeiras obras de arte.

image

“Faço croché à noite, após regressar a casa. Às vezes só consigo trabalhar um bocadinho num dia, depois passo dois ou três sem pegar, devido a reuniões ou outros compromissos”, conta ao Expresso das Ilhas.

Mas nem o ritmo incerto, nem o tempo escasso lhe travam a imaginação. Começou por fazer peças para a casa como colchas, toalhas, conjuntos de cozinha, e foi a alargar horizontes.

image

Hoje, a sua marca chama-se IsArte e Linhas, porque pretende juntar outras matérias ao croché.

“Não quero ficar só com linhas. Quero juntar outras coisas, utilizar frascos, latas, madeira, fósforos…”.

E há sempre espaço para os desafios. “Alguém pediu-me para fazer um biquíni. Ainda não consegui, mas vai ser um desafio interessante e há o desafio de bonecos de croché”, partilha.

Isa afirma que sente uma ligação profunda a cada peça. “Quando vejo alguém a usar uma criação minha, digo, aí estão as minhas dores nas costas, a minha vista cansada. Mas também está ali o meu amor, a minha dedicação”.

image

E é essa paixão que quer continuar a partilhar. “Fazer croché é uma terapia. Ajuda-me a reflectir, a estar comigo mesma. É quase um super poder de cura”, confidencia.

Já ensinou as filhas, deu dicas a amigas, e sonha agora com o próximo passo.

“Depois da reforma, quero montar o meu atelier. Não vou trabalhar só com croché, quero explorar outras formas de arte. Vamos ver o que vai dar”.

image

Enquanto isso, as criações de Isa já atravessaram fronteiras. Suécia, Portugal, Estados Unidos… mas é em Cabo Verde que tem a maior clientela, entre amigos e admiradores que sabem que ali, cada ponto é feito com alma.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Sheilla Ribeiro,7 ago 2025 9:16

Editado porSheilla Ribeiro  em  7 ago 2025 23:22

pub.
pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.