Neste 17 de outubro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. O tema esse ano é “Atuando em conjunto para empoderar crianças, famílias e comunidades para acabar com a pobreza.”
Em nota sobre o dia, António Guterres disse que “a pobreza condena muitas crianças a uma vida de desvantagens e perpetua a transferência desses problemas de geração para geração.”
O chefe das Nações Unidas também destacou a necessidade de proteger o planeta, dizendo que “as crianças de hoje terão de viver com as consequências arrasadoras da mudança climática se as ambições não forem aumentadas agora.”
Acabar com a pobreza extrema está no centro da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs, mas existem vários desafios. Guterres destacou conflitos, ameaças na internet, trabalho forçado e exploração sexual, sobretudo de meninas.
O secretário-geral lembrou que a possibilidade de uma menina se casar enquanto criança diminui a cada ano de escolaridade, enquanto as chances de um salário melhor aumentam.
Guterres diz que “também existem benefícios claros de saúde e educação para os filhos que ela venha a ter, sendo um fator central para quebrar o ciclo da pobreza.”
Sobre o tema do dia nesse ano, o secretário-geral afirmou que “uma das soluções para acabar com a pobreza infantil é resolver a pobreza das famílias.”
Segundo ele, o acesso a serviços sociais de qualidade deve ser uma prioridade, mas quase dois terços de todas as crianças não estão cobertas por medidas de proteção social.
Guterres também disse que políticas orientadas para a família são indispensáveis, destacando flexibilidade de horários, licenças parentais e serviços de cuidados, como creches.
Em 2019, marca-se o 30º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, o tratado internacional mais ratificado da história.
O documento estabelece o direito de todas as crianças a uma qualidade de vida que permita o seu desenvolvimento físico, mental, espiritual e moral.
Segundo as Nações Unidas, quando a pobreza das crianças é reconhecida como uma violação dos seus direitos, as pessoas em cargos de responsabilidade estão legalmente obrigadas a promover, proteger e cumprir esses direitos.