O Partido de Renovação Social (PRS) anunciou, em comunicado, que vai apoiar na segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, marcadas para 29 de Dezembro, o candidato Umaro Sissoco Emabaló.
O PRS decidiu "prestar o seu total e incondicional apoio político ao candidato presidencial general Umaro Sissoco Embalo por entender ser o que reúne melhores condições para garantir a unidade nacional, reconciliação e estabilidade política governativa, pressupostos essenciais à salvaguarda da paz e desenvolvimento", refere o partido, o terceiro mais votado nas legislativas de Março.
No comunicado, emitido na sequência da reunião da comissão política, realizada no sábado, em Bissau, o partido apela também aos seus "dirigentes, militantes e simpatizantes" no país e na diáspora para participarem activamente na campanha eleitoral de Umaro Sissoco Embaló.
No entanto, o Movimento de Salvação do PRS já disse que o seu candidato é Domingos Simões Pereira.
"O Movimento de Salvação em memória de Kumba Ialá, após uma reflexão séria, tendo sempre como pressuposto o desenvolvimento da Guiné-Bissau acima de tudo, decidiu aqui hoje manifestar o seu total apoio ao candidato Domingos Simões Pereira", afirmou Ibraima Sori Djaló, antigo presidente do parlamento guineense e um dos fundadores do PRS.
Numa declaração à imprensa, lida numa unidade hoteleira em Bissau, Sori Djaló salientou que Domingos Simões Pereira é uma personalidade com uma "conduta moral exemplar, com uma autoridade académica e científica indiscutível e é reconhecido a nível nacional e internacional".
"Chegou a hora de fazermos a escolha certa e Domingos Simões Pereira será o Presidente da salvação de que a Guiné-Bissau precisa", afirmou.
Já José Mário Vaz, presidente cessante, e quarto classificado na primeira volta das presidenciais quer ver Umaro Sissoco Embaló na presidência da Guiné-Bissau.
"Hoje não é o fim, mas uma transferência. A partir de hoje passamos todos para a sede de candidatura do general Umaro Sissoco Embaló", afirmou José Mário Vaz, na sua sede de candidatura na presença de dezenas dos seus apoiantes.
Antes de assinar o acordo político com Braima Camará, coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), partido que apoia o candidato Umaro Sissoco Embaló, José Mário Vaz pediu autorização aos seus apoiantes para assinar o acordo.
"Posso assinar?", questionou os apoiantes, que responderam que sim, para acrescentar que aquela assinatura não era só dele, mas de todos.
Braima Camará, que assinou o acordo em nome de Umaro Sissoco Embaló, destacou aquelas que considerou serem as obras do Presidente cessante.
"José Mário Vaz marcou a sua época e a história positiva da Guiné-Bissau. Isto foi o fim de uma etapa, mas o início de outra de grande responsabilidade", disse.
O coordenador nacional do Madem-G15 recordou que José Mário Vaz foi o primeiro Presidente do país a terminar o seu mandato, que quando foi presidente da Câmara de Bissau a cidade era limpa e que foi um "dos melhores ministros das Finanças" do país.
A segunda volta das presidenciais vai ser disputada entre Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló.
Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), foi o candidato que obteve maior percentagem de votos, 40,13%, não conseguindo mais de metade para vencer à primeira volta.
Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), foi o segundo mais votado e obteve 27,65% dos votos.
Na primeira volta das presidenciais, realizada a 24 de Novembro, o PRS apoiou o candidato Nuno Nabiam, que ficou na terceira posição, e que também já anunciou que vai apoiar Umaro Sissoco Embaló.