O responsável sindical, que falava hoje, em conferência de Imprensa, na cidade da Praia, entende que a “solução passa pela convocação de um conselho nacional urgente para analisar atitudes da Secretária-Geral e convocar um congresso extraordinário da UNTC-CS para a eleição dos órgãos”.
Questionado sobre se está a pedir a demissão de Joaquina Almeida, Arnaldo Cardoso diz: “Sim, Sim. [O sindicato] pede, solicita urgentemente. Alias, ela tem estado a denegrir a imagem da UNTC-CS, uma organização que granjeou simpatia a nível nacional e internacional”.
Arnaldo Cardoso acusa Joaquina Almeida de violação dos estatutos da UNTC-CS, assédio moral e perseguição a trabalhadores da central sindical. O sindicato diz mesmo ter apresentado, a 26 de Janeiro, uma queixa na Organização Internacional do Trabalho (OIT), contra a Secretária-Geral da central.
“É a maior violadora dos estatutos da UNTC-CS. Depois, é uma pessoa que praticou e ainda pratica assédio moral a trabalhadores. Não tem perfil de uma dirigente sindical à altura da UNTC-CS. Também é a primeira dirigente sindical em Cabo Verde que tem uma queixa na OIT por causa de prática de assédio moral e perseguição aos trabalhadores da própria central sindical”, acusa.
O STAPS recorda que, neste momento, a UNTC-CS funciona sem os dois vice-secretário-gerais. Da mesma forma, o sindicato diz que o Conselho Nacional e a comissão fiscalizadora de contas da maior central sindical do país estão sem os respectivos presidentes. Arnaldo Cardoso vai mais longe e acusa Joaquina Almeida de desrespeitar decisões saídas do último conselho nacional e de ter provocado a saída de três trabalhadores da UNTC-CS, desde que tomou posse, em Dezembro de 2016.
Apesar de várias tentativas, até ao momento, não foi possível obter uma reacção da Secretária-Geral da UNTC-CS.