“Um país está em crise alimentar quando essa franja ultrapassa os 20% da população”, explicou o ministro no final da VII reunião ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
O governante considera, contudo, que os 3,5% são preocupantes, precisando a situação de ser resolvida.
“Quando nós temos seca é evidente que temos mais famílias vulneráveis porque temos uma agricultura eminentemente familiar e na maior parte dos casos de subsistência. Então isto significa que as famílias cultivam a terra e dela tiram muitos alimentos para seu auto-consumo, e havendo uma redução muito forte na produção dos alimentos essas famílias tornam-se mais vulneráveis”, precisou.
O Governo, salientou, está firme no propósito de diminuir e debelar a insegurança alimentar e nutricional em Cabo Verde.
Para tal, lembrou que já foi aprovada, na generalidade, a proposta de lei do direito humano à alimentação adequada e indicou que na preparação do novo ano agrícola a questão da segurança alimentar e nutricional vai ser levada em conta por forma evitar o agravamento da situação actual.
“É evidente que se nós tivermos mais um ano de fraca produção esta situação tende a agravar-se consideravelmente e as medidas mitigatórias terão de ser tomadas atempadamente”, salientou.
De entre as recomendações do conselho estão a harmonização de todas as políticas públicas para produzir melhores resultados e para tal propôs-se a densificação da rede nacional de segurança alimentar e nutricional, além de um maior envolvimento dos municípios.
A transformação da agricultura numa agricultura mais adaptada às mudanças climáticas, a formação dos jovens e atração de mais investimentos ao nível da transformação agroalimentar e a melhoria da logística agrícola foram outros assuntos abordados durante a reunião.