A posição foi apresentada hoje, em conferência de imprensa pelo vice-presidente do SINDEP, João Cardoso, no âmbito do Dia Internacional do Professor, assinalado esta sexta-feira.
“O SINDEP assistiu recentemente à resolução de algumas pendências, o que é de se reconhecer. No entanto, alertamos os professores e exigimos do Governo a resolução total e imediata dos vários pendentes que ainda prevalecem. Temos a questão das reclassificações que fizeram até 31 de Julho de 2015, e não entendemos, porque deveria ser o ano todo. Temos reclassificações de 2016, 2017 e 2018. Ficaram em dívida com os professores que trabalharam no ano lectivo 2015/2016 com contrato a termo, em que deram a cessação de contrato e não pagaram as respectivas férias”, aponta.
Sobre a regularização da situação dos professores que aguardavam reclassificação, Maritza Rosabal garantiu à Rádio Morabeza, em início de Setembro, que as últimas pendências já tinham sido resolvidas e que o sistema deveria estar estabilizado até meados de Outubro.
Outra preocupação do Sindicato Nacional dos Professores tem a ver com o arranque do novo ano lectivo, assim como com o sistema de agrupamento escolar implementado.
“Assistiu-se ainda a um arranque de um ano lectivo muito deficitário, principalmente em termos de manuais, perseguição dos professores devido à sua cor político-partidária, recrutamento para o ingresso de novos professores para os quais até agora nem sequer foi realizado o respectivo concurso. Já lá vão várias semanas e vários alunos continuam sem professores. Aproveitamos para manifestar o nosso total desacordo com o actual figurino designado por agrupamento que vem sendo implementado desde o ano lectivo anterior, de forma ilegal, para além dos constrangimentos causados a professores e alunos que por vezes chegam a deslocar-se mais de 40 quilómetros, o que constitui um retrocesso em relação à anterior política de proximidade”, diz.
O SINDEP diz que vai continuar atento ao cumprimento das propostas feitas pelo Governo, sobre a publicação e pagamento dos direitos reivindicados.