Jorge Cardoso disse, na conferência, realizada na Cidade da Praia, que o SINDEP está agastado com a “falta de respeito” por parte de Maritza Rosabal que, segundo diz, tem recusado dialogar com o sindicato sobre os problemas que afligem os professores no país.
Segundo a mesma fonte, estão por resolver questões relacionadas com os subsídios pela não redução de carga horária referentes a 2012/2013, “contemplado no orçamento de 2018 que ainda estão por pagar”, o pagamento das férias aos professores a quem foram dados por findo os contratos a 31 de Julho de 2017, bem como o pagamento de subsídios pela não redução de carga horária aos professores em monodocência, de acordo com o novo estatuto de cargos de carreira do pessoal docente.
O sindicalista menciona ainda o pagamento de horas extraordinárias aos professores do ensino básico que estão na pluridoncencia, actualização no cálculo das pensões dos subsídios pela não redução de carga horária aos recém aposentados, “a quem foram retirados, de forma abusiva, depois da respectiva publicação no Boletim Oficial”, a publicação e pagamento de subsídios pela não redução de carga horária aos aposentados de 2010 a 2015 e a sua inclusão no cálculo das pensões.
“Assistimos ao arranque de um novo ano lectivo nunca visto e passados mais de dois meses do início das aulas, a menos de um mês para o término do primeiro trimestre, ainda os alunos continuam sem professores, sem manuais a todos os níveis de ensino”, disse aquele dirigente sindical, dando ainda conta que “vários professores estão a ser sobrecarregados em regime de acumulação, trabalhando horas excessivas, diariamente”.
Jorge Cardoso disse também que se implementou, desde o ano lectivo anterior, o sistema de agrupamento, levando alunos e professores a percorrerem dezenas de quilómetros em carrinhas de caixas abertas, “acontecendo também que alguns alunos, em regime de internato, ficam separados dos seus pais e encarregados de educação durante toda a semana, o que se traduz num grande retrocesso”.
O SINDEP repudiou ainda aquilo que considera ser desonestidade por parte de um outro sindicado, o Sindicato Democrático dos Professores (SINDPROF) que se diz estar em “conluio e ao serviço da ministra da Educação”.
“A ser verdade, é ilegal e inconstitucional, pois não pode haver um sindicato do Governo e os outros dos professores. Se a filiação neste sindicato é a garantia de resolução imediata dos problemas, não restam dúvidas de que a amizade ou proximidade com a ministra pela dirigente do SINDEPROF está a ter efeitos e é urgente que o chefe do Governo decida das responsabilidades políticas dos implicados”, acrescentou
Jorge Cardoso avançou, igualmente, que o SINDEP promete recorrer a meios legais para fazer valer os direitos da classe docente.