Em declarações aos jornalistas, a representante dos moradores da localidade de Cidadela, Ana Furtado, diz que estes problemas surgiram após a construção, no primeiro quarteirão do bairro, de um posto de abastecimento de combustível.
"Temos ar completamente poluído, porque o posto exala para atmosfera vapores de combustíveis que vêm dos respectivos tanques, que vêm das válvulas que abastecem os veículos, e que vêm da trasfega do camião cisterna para os tanques subterrâneos. No momento que se faz a trasfega, a poluição é tal que ninguém aguenta, nenhum ser humano, nenhum ser vivo aguenta tamanha poluição, naquele momento”, revela.
Em causa, também no que diz respeito à poluição sonora, de acordo com os moradores, alguns equipamentos instalados no posto de abastecimento de combustível.
A presidente da Comissão Especializada de Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Reforma do Estado, Joana Rosa, explica que a referida comissão vai agora fazer audições com diferentes entidades, nomeadamente a Direcção Nacional de Ambiente.
"Não temos o poder de obrigar que essas instituições cumpram, a legislação, mas há instituições que podem ser suscitadas", avança.
A Direcção Nacional do Ambiente já tinha feito algumas recomendações à empresa petrolífera, proprietária do posto de abastecimento, nomeadamente no que diz respeito ao barulho do compressor instalado no local.
A Rádio Morabeza e o Expresso das Ilhas contactaram esta manhã a ENACOL, proprietária do posto de combustível em causa, que remeteu para mais tarde uma reacção ao caso.