Exige-se a resolução do problema de transportes de e para a ilha, descentralização, autonomia, bem como investimentos estratégicos que permitam dinamizar a economia local.
Em conferência de imprensa, hoje, em São Vicente, de antevisão do protesto, Salvador Mascarenhas, presidente do Sokols, garantiu que os problemas têm soluções políticas.
“A mobilização está a correr muito bem, estamos com uma expectativa muito elevada, estamos a pensar como em 2017. Nunca fizemos uma manifestação pelos números, estamos a fazê-lo agora, porque estamos com a sensação que o centralismo nunca foi tão arreigado e que a ilha nunca esteve numa situação tão periclitante. Se projectarmos a ilha para daqui a uns anos, será um descalabro total. Temos, por exemplo, um esvaziamento absurdo de massa crítica. E não pode ficar apenas pelas manifestações, a solução deste problema é política”, afirma.
Para Mascarenhas, São Vicente continua a pagar uma factura elevada e vive cada vez mais sufocado devido à excessiva centralização e descaso do Governo.
O activista sublinha que a “degradação da situação económica” da ilha é resultado daquilo que classifica de 15 anos de “negligência” do anterior governo, sustentado pelo PAICV, bem como do não cumprimento das promessas do actual executivo, liderado por Ulisses Correia e Silva.
Para mudar o estado das coisas, Salvador Mascarenhas entende que a luta pelos interesses dos cidadãos passa, por exemplo, pelo exercício da cidadania activa, nomeadamente com candidaturas para as câmaras municipais
“Pessoas fartas do sistema e dos partidos que não estão a defender os interesses, nem as ansiedades das populações, organizarem-se num movimento independente, de vontade popular. A Sokols não é um partido, não se vai candidatar a nada, mas a nossa função é estimular essa cidadania activa”, refere.
A manifestação de 5 de Julho começa na Praça Estrela, via Rua de Coco, em direcção ao centro histórico e termina na Praça D. Luís.