Durante a marcha, que começou na Praça Estrela e que percorreu as ruas do Mindelo, até à praça D. Luís, os manifestantes empunharam cartões vermelhos, gritando palavras de ordem como: "autonomia já", "Soncent crê voa", "salvemos a enseada de corais", ou "Soncent crê sei de isolamento".
No final do trajecto, em declarações à rádio Morabeza, Salvador Mascarenhas, porta-voz do movimento Sokols, que promoveu a iniciativa, mostrou-se satisfeito com a “resposta em massa” da população, sublinhado que a luta para a mudança da situação de “degradação da ilha” vai continuar.
“A manifestação foi magnífica, ultrapassou todas as expectativas. Vamos continuar a nossa luta, a solução tem de ser política, como já dissemos várias vezes. Vamos promover palestras, debates sobre a situação [da ilha]”, disse.
Durante o trajecto, foram várias as críticas à suposta “a falta de pressão” da Câmara Municipal de São Vicente junto do governo para a resolução dos problemas que entravam o desenvolvimento da economia local.
Salvador Mascarenhas apontou para a necessidade de uma da ilha como um todo, para evitar o que classifica de centralização dentro da cidade.
“Vamos realizar um do ciclo de debates, onde pretendemos promover o debate sobre a ilha, porque verificamos também uma grande centralização dentro da cidade”, apontou.
O movimento cívico voltou a chamar a atenção para a necessidade de um exercício pleno de cidadania activa, apontando, por exemplo, “a necessidade do surgimento de candidaturas da cidadania nas próximas autárquicas", que, de acordo com Salvador Mascarenhas, “é por onde passa também a resolução de muitos problemas que afectam São Vicente”.
“Nós não nos vamos candidatar, estaremos a estimular o surgimento dessas iniciativas. A Sokols não vai apoiar nenhuma lista, ficaremos contentes com o surgimento de uma lista às autárquicas, vinda da sociedade civil, mas a nossa bandeira não vai sair na campanha de ninguém porque destoa dos nossos princípios”, garantiu.