Em entrevista ontem à Televisão de Cabo Verde (TCV), Gegé diz que começou a fazer transferências para a sua conta no Banco Comercial do Atlântico desde 2017, sempre em contacto com a então subgerente da agência do Palmarejo, na cidade da Praia, mas que nunca desconfiou de qualquer desvio.
“O dinheiro desviado pela subgerente do BCA pertencia à minha conta. Desconfiei apenas este ano. Quando fiz a transferência, vim ver se o dinheiro se encontrava na conta e me disseram que sim. Pedi o BCA Directo mas ela me disse que estava com um problema qualquer no sistema, e como estou longe não estava muito preocupado porque o dinheiro estava no banco”, conta à TCV.
“Em 2018 foi a mesma coisa. Vim passar poucos dias, fui ao banco, pedi o estrato da minha conta e me disse que estavam com problemas no sistema. Apenas me disse o saldo que tinha disponível”, diz.
Sub-gerente do BCA em Termo de Identidade e Residência
O Tribunal da Comarca da Praia aplicou segunda-feira termo de identidade e residência (TIR) à subgerente da agência do Banco Comercial do Altântico no Palmarejo, suspeita de desvio de 35 mil contos, pertencentes a vários clientes do banco. A informação é avançada pela Inforpress, que cita fonte judicial, dando conta que a suspeita teve de pagar uma caução, de valor não revelado.
O futebolista, que actualmente joga no Al-Feiha, na liga profissional da Arabia Saudita, diz que, desde a denúncia do desvio, tem contactado o banco para a devolução do dinheiro, mas a situação ainda não foi resolvida.
“Desde o dia 20 que o BCA está a par disso e ainda não resolveram a minha situação”, afirma.
A Polícia Judiciaria, através da Secção Central de Investigação de Crimes Económicos e Financeiro (SCICCEF), deteve no dia 22 de Junho, fora de flagrante delito, na Praia, a subgerente da agência do BCA, no Palmarejo, suspeita de desvio de um montante estimado em 35 mil contos. A detenção aconteceu no decurso de uma denúncia formal do Banco Comercial do Atlântico - BCA e em cumprimento de um mandado do Ministério Público.
A suspeita está sob medida de coacção de termo de identidade e residência.
O BCA já garantiu que o caso não coloca em causa os depósitos dos clientes e que se tratou de um caso isolado.