“Tendo em conta indícios de alguma insegurança localizada, as Forças Armadas e a Polícia Nacional, devem reforçar as suas capacidades de resposta a esta situação, no quadro do combate à delinquência urbana, o crime organizado, os tráficos de droga e de pessoas”, exortou o Presidente da República.
Na sua mensagem, Jorge Carlos Fonseca destacou ainda a importância da aliança entre as autoridades e “os cidadãos e outras instituições”. Uma aliança que já deu frutos no passado, e que Jorge Carlos Fonseca considera fundamental para o bem-estar de toda a população e para garantir a efectiva Defesa Nacional.
A “disponibilidade permanente dos órgãos de Defesa Nacional, longe de dispensar a contribuição do cidadão, tem de contar com a sua participação activa na edificação da Defesa Nacional, um dos pilares da nossa democracia e do Estado de Direito”, apontou.
O chefe de Estado relembrou ainda que o dia Nacional da Defesa foi criado em 2011, para homenagear todos aqueles que colaboraram no controlo da epidemia de dengue.
Nessa altura, “para enfrentar essa situação - que chegou a provocar perda de vidas humanas - as Forças Armadas reforçaram com determinação a aliança com os cidadãos e outras instituições”.
Essa relação não só deu resultados como se estreitou, “convertendo-se num importante activo a ser utilizado nas circunstâncias em que a segurança ou o bem-estar das pessoas estejam ameaçados”.
“Num contexto caracterizado pela existência de tráficos de drogas, pessoas e armas, através de organizações transnacionais, de intervenções desestabilizadoras de grupos terroristas, da pirataria marítima e da instabilidade política que caracterizam alguns países da sub-região, a promoção e o reforço dessa aliança é de suma importância”, acrescentou.
Jorge Carlos Fonseca, enquanto Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, apresentou ainda, na sua mensagem, agradecimentos e apreço “às instituições da Defesa e Segurança, assim como à Cruz Vermelha de Cabo Verde, aos Bombeiros Voluntários e às Associações Comunitárias que muito têm colaborado com o sistema Nacional de Protecção Civil”. A essas entidades, o chefe de Estado reiterou o seu empenho em “tudo fazer para que o nosso sistema de Defesa Nacional tenha cada vez mais condições para servir as populações em tempo e com satisfação”.
A epidemia de dengue, que alavancou a criação do dia da Defesa Nacional ocorreu em 2009, tendo-se mais de 21 mil casos suspeitos. Entre esses casos, 170 evoluíram para febre hemorrágica, resultando na morte de cinco pessoas.