Destaques da edição 944

PorExpresso das Ilhas,2 jan 2020 0:01

Nesta edição, o Expresso das Ilhas destaca os balanços de 2019.

Na política, 2019 foi um ano de novidades e reeleições, de privatizações e do reconhecimento das vítimas de tortura no regime do Partido Único, da travagem da regionalização e do surgimento de frases que ficaram no ouvido. Novas leis e novos organismos marcam também o ano que agora termina.

Já o ano económico de 2019 teve altos e baixos. O crescimento do país continuou, mas Cabo Verde também perdeu posições no ranking da competitividade. Eventos internacionais chamaram investidores de todos os cantos do mundo ao arquipélago, mas as condições laborais foram consideradas deficitárias. Já a nível continental, foi o ano do início da grande revolução comercial em África, com a operacionalização da zona económica livre, a maior algum dia criada no mundo.

Na sociedade, o aumento da criminalidade e vários casos internos chocantes - incluindo um homicídio alegadamente acidental entre colegas – fizeram de 2019 um ano terrível para a Polícia Nacional. No ano que finda fica também marcado em Cabo Verde pela seca, que há três anos desafia o país, e por uma apreensão recorde de cocaína.

Na cultura, o ano terminou com uma grande notícia para a nação cabo-verdiana, a morna é património cultural imaterial da humanidade. A cabo-verdiana Vitalina Varela recebeu o prémio de Melhor Actriz.

Também neste número, a mensagem de final de ano do Presidente da República, com o alerta para “o canto da sereia do nacional-populismo”. Na sua mensagem de Ano Novo Jorge Carlos Fonseca recordou que 2019 foi um ano de dificuldades devido ao terceiro ano consecutivo de seca, o que tem condicionado a vida de milhares de agricultores e de criadores de gado. Para fazer face a esta situação o Presidente da República insistiu que “o desafio dos desafios” que o país tem pela frente continua a ser a criação de uma realidade que nos faça cada vez menos dependentes das chuvas num contexto das alterações climáticas que ameaçam sobretudo os Estados insulares. Para o PR, apesar das limitações a nível do desemprego e das desigualdades sociais e regionais, Cabo Verde continua a ser um país estável, com coesão social, com as instituições a funcionar normalmente e a registar crescimento económico.

Ainda a descida do desemprego. A taxa de desemprego diminuiu de 12,2%, em 2018, para 10,7%, no primeiro semestre de 2019. Em sentido contrário a taxa de subemprego aumentou 14,7% para 21,7%, a maior desde 2013. Meio rural é o mais afectado. E o desemprego, bem como o subemprego, ganha um rosto mais feminino.

Na cultura, Burro Carga-d’água – ‘O horizonte não é o fim do mundo’. Um ano depois de “As tartarugas também choram”, foi lançado, este Natal, o segundo livro do projecto “Estórias do Meu País Inventado” de João Fonseca. Chama-se “Burro Carga-d’água”, foi ilustrado por João Baptista (“Fico”), artista da comunidade dos Rabelados e é uma homenagem às crianças a quem são vedados meninez e horizontes.

No interior, a opinião de Eurídice Monteiro, Um mundo às avessas; Maria Odette Pinheiro responde a Casimiro de Pina; e de Vitorino Salomé, Morna ou Fado Crioulo.

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Autoria:Expresso das Ilhas,2 jan 2020 0:01

Editado porDulcina Mendes  em  21 set 2020 23:21

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