Artur Correia recorda que o cancro está entre as primeiras causas de evacuação para o exterior, logo a seguir às doenças cardiovasculares.
Por isso, o país deve reforçar a sua capacidade de resposta.
“Quimioterapia, já fazemos uma boa parte, mas queremos fazer mais e já estamos a pensar na radioterapia, que é uma das componentes fundamentais do novo hospital que está em perspectiva. Introduzir a radioterapia vai ser um ganho fundamental e vai contribuir muito para a diminuição das evacuações para o exterior. Este é o caminho que estamos a construir e que tem que ser feito", explica.
O administrador executivo do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Júlio Rodrigues, por seu turno, avançou que cerca de 300 pessoas morrem por ano em Cabo Verde por causa do cancro, daí a necessidade de um maior foco nos factores de risco.
"Existem cancros de natureza genética que representam apenas 4% . 96% dos cancros estão relacionados com outros factores, com estilos de vida. 96% não é pouco, e é isso é que é o foco. Focar nos factores de risco, juntar os esforços e debelar factores de riscos", avançou salientando a importância que cada um deve dar à adopção de práticas combater o cancro.
No âmbito do Dia Mundial do Cancro, assinalado hoje, o INSP realizou uma mesa redonda sob o tema “Cancro e seus factores de risco”.