Maria da Luz Mendonça fez esta consideração durante a conferência diária de COVID-19.
Conforme esclareceu, para que o paciente seja considerado recuperado é preciso ter pelo menos dois exames com resultados negativos e depois ser seguido por, pelo menos, 14 dias.
“Primeiro, para ter alta precisa ter pelo menos 2 exames negativos. Um foi ontem e o outro irá ser, no mínimo, 24 horas depois ou 48 horas depois. Depois de ter alta, vai continuar ainda em seguimento durante 14 dias. Se ao fim desse tempo não tiver nenhum sintomas e se estiver a correr tudo bem, assim, sim, consideramos recuperado e actualizaremos o site”, explicou.
Na mesma ocasião, o director nacional da Saúde, Artur Correia, informou que hoje não surgiu nenhum novo caso suspeito a nível nacional.
No que diz respeito aos 7 resultados negativos em São Vicente, Artur Correia revelou que se trata de contactos directo com o caso positivo
Relativamente às amostras dos dois casos suspeitos na Boa Vista, Artur Correia informou que as mesmas devem chegar ainda esta noite à cidade da Praia e que no final da manhã de terça-feira sairão os resultados.
Quanto aos confinamentos, a nível nacional, prosseguiu o director nacional da saúde, apenas a ilha de São Vicente e Boa Vista têm pessoas em quarentena domiciliar
“Em São Vicente são as pessoas decorrentes do inquérito epidemiológico em curso ligado ao caso positivo de ontem. Temos então 129 pessoas que já estão em quarentena domiciliar e na Boa Vista as pessoas que saíram da quarentena num dos hotéis ontem. Continuam, portanto, em casa com um regime rigoroso de seguimento por parte das autoridades sanitárias para poderem cumprir, com sucesso, essa quarentena que começou no hotel e que vai continuar ainda por 14 dias a nível domiciliar”, disse.
No que concerne à quarentena obrigatória, Artur Correia comunicou que na Praia há 222 pessoas, 200 no hotel Karamboa, Boa Vista, e 30 em São Vicente, decorrente do caso positivo naquela ilha.
Artur Correia aproveitou ainda a oportunidade para homenagear todos os técnicos de laboratórios, biólogos, farmacêuticos, incluindo os ajudantes dos serviços gerais, assim como o corpo de bombeiros que têm apoiado no transporte de casos suspeitos nas ilhas onde estes têm sido registados, e que foram sujeitos a isolamento.
Ainda na conferência, a presidente no INSP reforçou o apelo às medidas de confinamento domiciliar e distanciamento social, porque, conforme fez saber, ainda tem havido participações em festas e funerais.
“Nós sabemos que o cabo-verdiano é muito afectuoso, mas neste momento de epidemia é preocupante. Alertamos para que os funerais sejam acompanhados pelos familiares mais próximos e que as visitas se façam virtualmente, se possível, ou por telefone, porque as pessoas que perdem os seus entes queridos entendem com certeza esse processo. Temos que pensar na saúde global e na saúde colectiva”, apelou.