“Há quatro casos positivos”, confirmou Júlio Andrade, PCA do Hospital Agostinho Neto, ao Expresso das Ilhas afastando, no entanto, qualquer relação entre estes dois casos e os dos médicos que trabalham naquela unidade de saúde e que testaram positivo.
“Não é na sequência dos médicos que até foram os últimos a darem positivo. Não é nessa sequência que surgiram mais dois casos. Um caso entre casal que contraiu em ambiente familiar, não tem nada a ver com o hospital. Há o médico que não sei como é que ficou contaminado. E outro, é um caso que não tem nada a ver com este”.
“São pessoas que trabalham no Hospital, mas em estruturas diferentes”, assegurou.
O responsável máximo por aquela estrutura de saúde disse ainda que “os contactos directos e indirectos dos médicos infectados deram todos negativo”. E garantiu que “não é fácil a transmissão intra-hospitalar, porque todos os trabalhadores têm protecção individual. Fica difícil a transmissão de uma pessoa para a outra com essas protecções”.
“Dois dos funcionários infectados são um casal, é normal que estejam ambos infectados. Como foram infectados, não sabemos. Os funcionários da Saúde, de uma maneira geral, estiveram a circular, estiveram a trabalhar, tem de ir às compras, recebem doentes na urgência. O risco aumenta consideravelmente no pessoal da saúde”, acrescentou Júlio Andrade.
Quanto à possibilidade de haver transmissão de um profissional de saúde para um doente “é quase impossível a não ser que o pessoal da saúde seja muito desleixado” e prossegue: “Os profissionais de saúde usam máscaras, usam luvas e se o doente tem um problema respiratório há um conjunto de procedimentos que torna bastante difícil um profissional de saúde passar para um ou vários doentes”.
A terminar, o PCA do HAN diz que todas as equipas que trabalham de perto com os doentes de COVID-19 já fizeram “vários testes e deram todos negativos”. “Já vamos na segunda e vamos passar para a terceira equipa que tem atendido os doentes nos quartos particulares e não temos nenhum profissional de saúde contaminado. Quem atendeu os primeiros doentes positivos de COVID estão todos em casa. Há uma segurança muito grande, não diria absoluta, porque isso é quase impossível, mas muito grande”, reforçou.