Júlio Andrade avança que os casos foram detectados na sequência de um trabalhador do hospital psiquiátrico, que manifestou sintomas condizentes com infecção pelo novo coronavírus.
"O primeiro doente, que é um trabalhador do hospital, deu positivo. Mandamos fazer testes, não há outras medidas a fazer. Os doentes, quando soubemos que eram positivos, foram todos isolados. Não podemos mandar estes doentes para estádio nacional, portanto já tínhamos um plano estabelecido, ficaram isolados, há alas para doentes contaminados, alas para doentes que não estão contaminados, fizemos de imediato, portanto na há nenhum atraso nisso", explica.
Questionado pela Rádio Morabeza sobre se haverá um reforço de profissionais de saúde no Hospital Trindade, Júlio Andrade, responde: "Precisamos de reforço de pessoal de enfermagem, e ajudantes de serviços gerais porque o pessoal que vai trabalhar com COVID positivos já não pode trabalhar com mais nenhum outro sector. Vamos precisar de seis enfermeiros, e em termos de médicos, vamos ter um médico indigitado para esse sector. Os que estão a trabalhar directamente com os doentes não podem sair, não podem cruzar-se com outros doentes, nem com outros trabalhadores, portanto precisamos reforçar mais, não é um reforço tão grande que crie dificuldades de funcionamento", avança.
Também os sete profissionais da saúde infectados por COVID-19, trabalhadores do Hospital da Trindade, optaram por ficar internados na unidade hospitalar, tendo sido criadas todas as condições logísticas para o efeito.
Recorde-se que 20 pacientes e sete trabalhadores do Hospital da Trindade estão infectados com coronavírus, segundo confirmou, ontem à tarde, em conferência de imprensa, o Director Nacional de Saúde, Artur Correia.