Oscar Santos e José Luís Santos são favoráveis ao alargamento do Estado de Emergência. A Câmara Municipal de São Vicente, por seu lado, espera poder sair.
“Responsavelmente nós não podemos pronunciar sobre a suspensão da medida do estado de emergência decretada pelo Presidente da República, mas sim somos a favor da sua prorrogação”, opinou o edil da Boa Vista, José Luís Santos, alegando o contexto da ilha da Boa Vista, atendendo à situação em que, neste momento, há várias pessoas em isolamento que foram diagnosticadas com COVID-19 além de outras várias a aguardar resposta dos exames.
“Se se suspender estas medidas a situação poderá piorar”, lamenta o autarca que conclui dizendo que prefere “jogar pelo seguro", esperando que o Presidente da República anuncie, hoje, o prolongamento do estado de emergência. "Naturalmente todos estão ansiosos para retomar uma vida normal, mas nestas circunstâncias há que se manter o estado de emergência para evitar o recrudescer das situações", disse.
Também o autarca da Praia é favorável a que o estado de emergência seja prolongado.
Óscar Santos, que falava à imprensa após o encontro entre o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e os autarcas, para tratar das medidas a tomar depois do levantamento do estado de emergência, referiu: “Não sabemos ainda se o estado de emergência vai ser alargado ou não, mas é mais provável que seja alargado, tendo em conta a situação. Não conseguimos dominar ainda”.
O edil completou que a COVID-19 tem revelado uma dinâmica que, praticamente, “surpreende todas as pessoas”.
Para este responsável estão sobre a mesa as hipóteses de desaparecerem ou aumentarem o número de casos, por isso, referiu, em qualquer dos casos, a edilidade está a contar que seja alargado o estado de emergência na cidade da Praia, por, pelo menos, 10 dias.
Já a Câmara Municipal de São Vicente defende que hoje espera que a ilha saia do grupo onde ainda vigora o estado de emergência.
Lídia Lima, vereadora de Acção Social da Câmara Municipal de São Vicente afirmou esta quarta-feira que a decisão depende sempre da análise do ministério da Saúde, mas alerta para a necessidade de garantir a retoma da normalidade na ilha.
“Temos o Ministério da Saúde que tem as suas informações e que faz um outro tipo de trabalho. Nós que estamos a fazer esse trabalho social sentimos a urgência de retomarmos a normalidade, tendo em conta a carência, o nível de vida que as pessoas estão viver neste momento (...) Se levarmos em conta o número de infectados aqui em São Vicente, digamos que estamos em condições de abrir, devagar, para a normalidade”, estima.