Ao todo, entre ontem e hoje, foram analisadas 184 amostras "sendo que para fins de diagnóstico" foram testadas 183, havendo uma que era de controlo de um paciente, explicou, esta quarta-feira, o Director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças, Jorge Barreto.
"O caso novo de Santa Cruz tem uma relação com o caso que tinha sido notificado há dias", acrescentou.
Dos 15 casos confirmados hoje, adiantou Jorge Barreto, "dois eram casos suspeitos" enquanto os outros 13 "eram contactos de casos já confirmados".
Hoje o ministério da Saúde recebeu a confirmação de oito casos suspeitos: um no Tarrafal de Santiago, um na Boa Vista e seis na Praia.
Segundo os dados apresentados por este responsável, "a taxa de letalidade global" da COVID-19, em Cabo Verde, "está nos 0,8% e a taxa de letalidade para pessoas com mais de 60 anos está em 9,3%".
Também a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Lima, participou nesta conferência de imprensa apelando mais uma vez para o "compromisso das pessoas para com as medidas preventivas".
"Todos os dias sabemos coisas novas sobre a doença e o nosso trabalho é reforçar o compromisso de cada cidadão para a implementação das medidas preventivas, porque quando eu me protejo eu protejo o outro e quando o outro se protege está a proteger-me", disse a presidente do INSP.
Numa altura "em que já se vêem mais pessoas pelas ruas é importante nunca esquecer a higiene das mãos e a utilização de máscaras", reforçou Maria da Luz Lima que alertou ainda para o facto de "muitas pessoas continuarem a não respeitar as regras de distanciamento físico e o confinamento domiciliar".
Questionados sobre a possibilidade de se realizarem testes aleatórios junto da população em geral, numa altura em que o governo deu autorização para a retoma de alguns sectores de actividade tanto pública como privada, Jorge Barreto explicou que "os testes têm sido feitos" e que se alargou a realização de testes "para contactos de pessoas que estão assintomáticas e que não entraram nos critérios de casos suspeitos". "Neste momento têm-se estado a realizar testes rápidos para investigar a amplitude da propagação da infecção na comunidade".
Já Maria da Luz Lima explicou que "Cabo Verde tem aplicado as recomendações da OMS no que respeita à testagem das pessoas e é isso que temos feito". Quanto à testagem aleatória de pessoas a presidente do INSP defendeu que "se não há uma ligação com um caso suspeito a OMS não recomenda".