Segundo dados avançados hoje em conferência de imprensa pelo Porta Voz do Comando Regional de Santiago Sul e Maio (CRSSM), Roberto Lima, a PN cumpriu, durante o estado de emergência, 56 mandados de detenção fora de flagrante delito.
Destas 56 detenções, avançou, quatro indivíduos foram conduzidos para a cadeia de São Martinho para cumprimento de pena, sendo as restantes diligências processuais sob custódia.
Ainda na decorrência de tais detenções, informou Roberto Lima, resultaram a apreensão de 73 armas de fogo, dos quais 19 calibres 6,35; 46 de fabrico artesanal denominadas de Boca Bedju; três revolveres, duas pistolas de calibre 7,65; uma caçadeira e duas pistolas de calibre 9mm.
Relativamente às munições foram apreendidas um total de 87, sendo 31 de calibre 7,65 mm; uma de calibre 9 mm; 39 de calibre 6,35 mm; 16 de calibre 12 mm.
“A par disso, apreendeu-se 99 armas brancas entre facas, catanas, machins, paus de basebol, etc”, apontou Roberto Lima, acrescentando que foram conduzidas para a identificação e investigação “centenas de pessoas por razões diversas”.
“No que tange as queixas relacionadas com furto e roubo no total de 300, dos quais 200 com suspeitos identificados conseguiu-se localizar metade, ou seja, a recuperação dos objectos e devolvidos às vítimas”, informou.
Conforme avançou o CRSSM tem empenhado todo o efectivo a disposição desta causa e conta com o apoio dos Serviços Centrais e a estratégia tem passado pela criação e parceria de equipas conjuntas como a Inspecção Geral da Actividade Económica (IGAE), a Câmara Municipal da Praia, as Forças Armadas, a Polícia Judiciária, a Delegacia de Saúde e também os serviços nacionais de Protecção Civil.
O foco principal da PN, continuou, é a sensibilização das pessoas, mas, garante que onde houver resistência “a Polícia tem endurecido as medidas” com apreensão de viaturas, aplicação de coimas e nos casos “mais gritantes” com a detenção de pessoas.
A ilha de Santiago continua em estado de emergência até 29 de Maio em Santiago.