Com um total acumulado de 567 casos a nível nacional, a Praia mantém-se como epicentro da COVID-19 no país ao concentrar 83,5% dos casos. Há 287 casos activos e 280 recuperados.
Quanto às pessoas que estão a cumprir o período obrigatório de quarentena, há a registar a entrada do concelho de Porto Novo na lista de cidades onde há pessoas a cumprir este regime.
Uma situação que o Director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças, Jorge Barreto, explica com o facto de haver cidadãos"que vão de uma ilha para a outra. Agora os cuidados estão a ser redobrados e as pessoas que vieram de outras ilhas, por exemplo da ilha do Sal, têm de ficar de quarentena até que a situação esteja resolvida".
"A maioria das pessoas que estão de quarentena são pessoas que estão nesta situação", disse ainda Jorge Barreto que acrescentou que "pode haver uma ou outra pessoa que pode ser uma situação de contacto próximo com alguém que tenha uma pneumonia e que esteja ainda em investigação da causa. Mas a maior parte são pessoas que vieram de outro país ou de uma ilha onde foram registados casos de infecção pelo novo coronavirus".
Em relação à possibilidade de, agora que o estado de emergência terminou, se poder dar a hipótese de os pacientes que reúnam as condições médicas necessárias cumprirem o período de isolamento em casa, Jorge Barreto explicou que "realmente não podemos obrigar ninguém [a cumprir isolamento nos hospitais de campanha], mas temos de entender que esta é uma situação especial. Estamos a falar de saúde pública. Entendemos que seria muito melhor para o Ministério da Saúde se os isolamentos pudessem ser feitos na casa de cada um. Teria menos custos, mas em contrapartida há todo um risco para a saúde pública que o Ministério da Saúde tem o dever de salvaguardar".
"Esta possibilidade tem sido ponderada e está-se a ver até que ponto há preparação para que esta medida possa ser realmente adoptada", disse aquele responsável lembrando, no entanto, que "já tivemos pessoas que foram orientadas a ficar de quarentena, porque tinham critérios para isso, e que saíram de casa para ir fazer o teste rápido" e também "pessoas que fizeram a colheita de zaragatoa e receberam a orientação para ficarem em casa à espera do resultado e saíram para fazer compras". E concluiu, perguntando: "Nestas situações quem é que vamos responsabilizar se houver uma propagação do vírus na população?"