COVID-19: "As sequelas mais frequentes são psicológicas"

PorAndre Amaral,10 jul 2020 18:03

Vários doentes que já estiveram em estado grave ou crítico por causa da COVID-19 já recuperaram e tiveram alta, o que significa que nem sempre a entrada nesse estado é um 'sentença de morte'. Estigmatização de recuperados é um dos problemas que estas pessoas enfrentam.

Pelo menos 36 doentes que estiveram em estado considerado grave ou crítico já recuperaram da doença, disse, na tarde desta sexta-feira, o Director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças.

Segundo Jorge Barreto tratam-se de pacientes que estiveram internados no Hospital Agostinho Neto. "Penso que ainda esta semana dissemos que, do Hospital Agostinho Neto informaram-nos que 36 pessoas que estiveram internadas em situação mais grave conseguiram recuperar e ter alta", explicou acrescentando que "a partir do momento que a reacção inflamatória é muito intensa todas as medidas que possamos tomar poderão não ter o efeito desejado de salvar a pessoa, porque isso vai depender da reacção inflamatória que depois trará repercussões a nível das células e dos órgãos e que vai acabar por fazer com que estes deixem de funcionar o que torna difícil reverter quadro clínico para que a pessoa possa recuperar".

Quanto a sequelas apresentadas pelos doentes que estiveram em estado grave, Jorge Barreto diz que, até ao momento, estes pacientes "apresentaram mais sequelas psicológicas do que físicas".

Segundo este responsável "não temos informação de nenhum doente que tenha estado em situação mais grave que tenha recuperado e que tenha ficado com sequelas mais graves como dificuldade para respirar. As sequelas mais frequentes são psicológicas. A questão do estigma que muitas pessoas, já recuperadas têm estado a sofrer, discriminação, porque já estão recuperadas, tiveram alta e em princípio já não constituem nenhum perigo para a sociedade.

Quanto aos números de hoje "houve uma pequena correcção em relação ao que consta no comunicado em que consta um caso de Picos, mas houve uma pequena confusão em relação à morada" da pessoa e, afinal, "trata-se de um caso de Santa Catarina de Santiago. Picos não tem nenhum caso novo hoje".

Apesar desta correcção, mantém-se o número de casos diagnosticados hoje: 38. Já o total acumulado é de 1591 casos.

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Autoria:Andre Amaral,10 jul 2020 18:03

Editado porAndre Amaral  em  24 abr 2021 23:22

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