"Em Cabo Verde, temos estado a acompanhar, e do universo das pessoas que fazem o teste rápido cerca de 20% dão positivo, independentemente de ser IgM ou IgG, desses somente 2% é que são confirmados pelo PCR", explicou esta sexta-feira à tarde o Director Nacional de Saúde.
Isto significa que do total de 36 mil testes rápidos realizados até ao momento, em todo o país, 7200 deram positivo e deste total 144 viram a infecção confirmada posteriormente com o teste PCR.
Quanto ao risco que representam os assintomáticos, Artur Correia relembrou a declaração recente da OMS em que se reconhece que as pessoas com essa condição (infecção com o SARS CoV 2 sem sintomas associados) são capazes de transmitir o vírus a outras pessoas.
O grande perigo dos assintomáticos, acrescentou Artur Correia, é "que não os conhecemos, nem eles próprios, se não fizerem o teste, não sabem se têm o vírus. Esse é que é o grande perigo, não se conhece, a pessoa não sabe e pode ser que esteja a espalhar o vírus".
Questionado sobre a abertura das praias balneares nas ilhas onde ainda há casos de transmissão comunitária da doença (Santiago e Sal), Artur Correia garantiu que estas não irão ficar "eternamente fechadas", acrescentando no entanto que quando abrirem "não o vão fazer da mesma forma que há um ano".
Já sobre o perigo de transmissão da doença nos mercados formais e informais, o Director Nacional de Saúde reconhece que há essa possibilidade, garantindo ainda assim que as entidades a quem cabe a fiscalização desses espaços estão a fazer o seu trabalho.