Segundo Jorge Carlos Fonseca "estamos todos de corpo e alma na CPLP e só vale a pena estar de corpo e alma. Estamos para encontrar e reforçar os pontos de partilha, alargar o espaço comum e ampliar os espaços de participação conjunta".
“Nós, os países da CPLP, temos três vezes mais razões do que muitos outros para estarmos juntos e querer continuar juntos, porque de uma forma ou de outra, assim estivemos, ou melhor, assim temos estado desde há séculos”, indica.
E disse que na qualidade de Chefe de Estado de Cabo Verde e de Presidente em exercício da CPLP, regozija-se pelo dia de hoje, pelo que ele significa na caminhada que teve início no dia 17 de Julho de 1996. “Sempre se poderá dizer que podíamos ter feito mais e melhor. Pode ser que sim, mas ainda assim estamos orgulhosos do que fizemos e temos feito, mas sobretudo confiante no futuro, no que temos ainda para fazer daqui para frente”.
Jorge Carlos Fonseca sublinhou que existe hoje uma consciência mais clara e mais forte da importância da nossa comunidade. “Por isso registamos um número cada vez mais crescente de países requerendo o estatuto de observador associado e estamos a trabalhar afincadamente em sistemas que possam maximizar as oportunidades que esse alargamento oferece, aprofundando ainda mais as relações de cooperação nesse quadro mais vasto”.
O Chefe de Estado, agradeceu ainda ao Secretario Executivo Embaixador Francisco Ribeiro Telles demais funcionários do Secretariado da CPLP, aos funcionários e diplomatas de todas as Missões de Representação junto da CPLP, aos funcionários e diplomatas dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros dos nossos países, agradecer pela entrega, pelos esforços despendidos em prol da afirmação da CPLP.
E destacou a movimentação das instituições dos nossos Estados e da sociedade civil dos nossos países à volta dos ideais e da agenda da CPLP, e disse que tem manifestado na realização de múltiplas reuniões de diferentes sectores institucionais e da sociedade civil dos nossos países.
“Para a nossa grande satisfação, registamos um grande entusiasmo que o projecto de Mobilidade tem suscitado junto dos cidadãos, como ferramenta incontornável de aproximação, de intercâmbio e de reforço da cooperação em todos os domínios. Uma ferramenta que aproxima, que une e que nos faz acreditar ainda mais no futuro da nossa comunidade”, frisa.
Por outro lado, avançou que o isolamento não é resposta adequada hoje em dia. “Esta pandemia o demonstrou: mesmo quando nos confinamos como medida profilática, intensificamos as relações com os outros para em comum buscarmos as soluções. Problemas comuns requerem esforços comuns para uma resposta global”.
Jorge Carlos Fonseca mostrou-se solidário com os países membros pela tragédia da pandemia da COVID 19 que infelizmente ainda assola os nossos países, com perda de muitas vidas e dramas sociais intensos, pelo desemprego e acentuada quebra de rendimento das famílias.
“Uma palavra especial de profundo reconhecimento aos profissionais de saúde dos nossos países, pelos esforços e pelos grandes sacrifícios pessoais e familiares consentidos no combate a esta pandemia. Demonstraram para além de qualquer dúvida o seu profundo comprometimento com a vida, e por isso lhes estamos eternamente gratos, destaca.