Quanto a este caso do paciente confirmado de COVID-19 que viajou da Praia para São Vicente, Artur Correia optou, "em primeiro lugar" por "felicitar todos os profissionais que participaram nessa operação de detecção desse caso. Isso quer dizer que o nosso sistema de vigilância epidemiológica está a funcionar bem. Em segundo lugar quero dizer que em relação às viagens com partida em Santiago a exigência é ter um teste rápido negativo e a pessoa viajou nesta condição e depois de ter respondido a um inquérito e assinado um compromisso de acordo com a ficha epidemiológica que recebeu das autoridades".
"O facto novo", realçou o Director Nacional de Saúde, "é a questão do PCR que se revelou positivo depois do paciente ter viajado. Precavendo essas situações, o uso de máscaras é obrigatório durante toda a viagem, ninguém entra no aeroporto sem a máscara. Eu queria salientar o bom funcionamento da nossa vigilância epidemiológica que é a nossa arma fundamental e que tem funcionado desde o início da epidemia, desde que os estudantes vieram da China e não tínhamos nenhum caso em Cabo Verde", concluiu.
Já quanto à evolução da doença em Cabo Verde o Director Nacional de Saúde disse que tudo aponta para que se esteja a entrar numa fase de estabilização de casos mostrando, através de gráficos, que tanto a nível nacional como nos concelhos mais afectados no país (Praia, Santa Cruz e Sal) que há, ao longo das últimas semanas, uma diminuição do número de doentes confirmados.
Cabo Verde tem, disse também hoje o Director Nacional de Saúde, Artur Correia, uma taxa de incidência de 76,8 casos de COVID-19 por cada 100 mil habitantes. Um número que contrasta com os valores diários apresentados pela União Europeia e que hoje apresenta um número cumulativo para 14 dias de casos COVID-19 de 110 casos por 100 mil habitantes.
Questionado sobre esta diferença de números Artur Correia assegura que Cabo Verde e União Europeia usam o mesmo método de cálculo. "O método é o mesmo, é o número de casos por 100 mil habitantes, durante duas semanas. A fórmula usada é a mesma na União Europeia, nos Estados Unidos, na Rússia e em qualquer parte do mundo".
"Eu estou a falar da taxa de incidência por 100 mil habitantes durante 14 dias que deve ser aproximado da média da União Europeia que é cerca de 20" por 100 mil habitantes e "o cálculo que eu apresento aqui é o cálculo feito com base nas duas últimas semanas epidemiológicas de Cabo Verde".
Sobre a ausência de dados sobre o Sal nos Boletins Epidemiológicos, Artur Correia explicou que as amostras "foram enviadas para a Praia e entre hoje e amanhã deverão ser conhecidos os resultados".