Autoridades encerram 32 estabelecimentos na Praia em 10 dias

PorExpresso das Ilhas, Lusa,4 ago 2020 17:28

As autoridades encerraram 32 estabelecimentos comerciais na cidade da Praia em acções realizadas durante 10 dias no mês de Julho, anunciou hoje o presidente da Protecção Civil, indicando que os bares são os estabelecimentos com mais incumprimentos.

Em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para apresentar os resultados de acções realizadas entre 06 e 16 de Julho, Renaldo Rodrigues adiantou que foram fiscalizados 105 estabelecimentos comerciais na capital do país e que 32 foram encerrados por não respeitarem todas as regras sanitárias impostas para evitar a propagação do novo coronavírus.

O presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) disse que dos 32 estabelecimentos encerrados, a maioria (72%) são bares no bairro de Achada Santo António, o mais populoso do país.

Falta de sistema de higienização à entrada e de espaço suficiente para promover o distanciamento físico são alguns dos incumprimentos detectados pelas autoridades, explicitou Renaldo Rodrigues, indicando, por outro lado, que cerca de 95% dos funcionários dos estabelecimentos usam máscaras.

Entretanto, o presidente da Protecção Civil deu conta ainda que 17% dos estabelecimentos comerciais da cidade da Praia apresentam um “funcionamento deficiente”, com falhas ainda no sistema de filas e na ventilação.

Dos estabelecimentos fiscalizados, as autoridades concluíram que 23% tem bom funcionamento, enquanto os restantes apresentam um “funcionamento razoável”.

Outra preocupação tem sido o consumo de bebidas alcoólicas em bares depois das 21h00, o horário estabelecido para o funcionamento desses estabelecimentos comerciais.

“É uma prática a que nós estamos atentos e lá onde tivermos que agir, agiremos sem contemplações e com todo o rigor para que sejam respeitadas todas as determinações do Governo nesse sentido”, garantiu Renaldo Rodrigues, indicando que mais de 200 pessoas foram notificadas.

As acções de fiscalização diurna e nocturna aos estabelecimentos comerciais têm sido realizadas pela Protecção Civil, em coordenação com a Polícia Nacional, Forças Armadas, Inspecção Geral das Actividades Económicas (IGAE), Inspecção Geral do Trabalho (IGT) e Entidade Reguladora e Independente da Saúde (ERIS).

Uma das maiores dificuldades, segundo o presidente do SNPCB, é a falta de dados sobre a transmissibilidade indirecta por bairros da capital do país, para as autoridades poderem focalizar e localizarem melhor a abordagem.

“Sabemos que nem todos os bairros estão na mesma situação, mas há bairros que nos interessa ter informações mais precisas para podermos também direccionar e quebrar a cadeia de transmissão, caso seja esse o caso”, apelou, esperando ter os dados da Direcção Geral da Saúde.

Além da Praia, essas acções, intensificadas aos fins-de-semana, têm sido realizadas na Assomada, sendo que no total, em Santiago, há até agora cerca de 200 estabelecimentos fiscalizados, bem como na ilha do Sal, com 66 operações e 10 estabelecimentos encerrados.

“Ainda estamos na fase do empurrar para que em todas as ilhas haja uma fiscalização mais efectiva, tem estado a acontecer em algumas ilhas com maior predominância”, sublinhou Renaldo Rodrigues, indicando que há uma equipa em São Nicolau, outra das três ilhas com casos activos de COVID-19, além de Santiago e Sal.

Cabo Verde regista um acumulado desde 19 de Março de 2.583 casos positivos de covid-19, com 1.911 recuperados, 25 óbitos e dois estrangeiros transferidos para os países de origem.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,4 ago 2020 17:28

Editado porClaudia Sofia Mota  em  20 mai 2021 23:21

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