Informação deixada esta manhã, por Óscar Santos, presidente da Câmara Municipal da Praia.
"Para além de terrenos, a Câmara também está a fazer cedências de projectos, projectos de estabilidade, de rede de esgoto e electricidade e projecto de arquitectura e licença", adiantou.
Segundo o edil, tudo isto significa uma mudança de paradigma de tipologia de construção diferente de "casas para todos". Vão tratar-se de unidades unifamiliares, que comportam T1, T2 e T3, e que podem também ser sujeitos a ampliação tanto na horizontal como vertical dependendo da evolução de condições económicas das famílias ", explica
Óscar Santos refere que o custo de construção das habitações variará entre os 800 e 1500 contos.
Em Achada Mato e Alto da Glória, já há lotes para construção de cerca de 460 habitações. Na próxima semana, serão dados aos moradores de Jamaica projectos, licenças e contratos, dando-lhes um prazo de 3 a 4 anos para iniciarem a construção.
Óscar Santos avança que, paralelamente, foi criado um fundo de habitação e reabilitação de casas, num montante de cerca de 50 mil contos.
O fundo "está aberto também à entrada de outros parceiros internacionais e governo, e vai ser gerido por uma ONG e não pela Câmara, exactamente para resolver problemas das pessoas de baixa renda, e que não são muitos atractivas pela bancas. A banca normalmente exige garantia, exige um conjunto de papeladas e esta faixa de rendimento tem dificuldades a ceder à banca. A ONG estará ainda mais perto da população, eles é que vão fazer a gestão do fundo, um fundo rotativo com uma taxa de juro muito baixo - estamos a propor que a taxa de juro não seja não mais que 2 ou 3% - é um microfinanciamento que vai ajudar as pessoas a construir e pintar as suas casas e fazer as casas de banho”, avança.
O edil explica que a criação do fundo prende-se, fundamentalmente, com a necessidade de permitir a pintura das casas da capital, eliminando a cor cinzenta que marca a paisagem da cidade