Em declarações aos jornalistas, o edil realçou as responsabilidades próprias da Praia.
"Tem uma pressão populacional muito forte, acresce cerca de 2 a 4% por ano, o que significa 2500 pessoas por ano. Só para dar um exemplo, a população do Paiol é igual à população dos Picos. Só o Paiol tem 8 mil habitantes. A pressão populacional sobre o saneamento é enorme, há uma população ambulante do interior de Santiago para a cidade da Praia, a procura de emprego também é enorme. É pressão, portanto, sobre a educação, sobre o saneamento, sobre o trânsito... tudo isso é a custo da capitalidade. O custo da capitalidade tem que ser partilhado, obviamente, com o Estado" avança.
Óscar Santos recorda que a Praia contribui em cerca de 45% para a formação anual de riqueza no país, mas o município recebe menos de 1% do PIB.
" A Praia tem uma contribuição de cerca de 45% para o Produto Interno Bruto, o PIB. É a maior economia, o maior centro urbano e tem essa contribuição, mas aquilo que o município da Praia recebe do estado não atinge 1% do PIB. É uma decalagem enorme. É só ver a contribuição na produção da riqueza nacional. É aqui que se arrecada mais impostos, há a maior actividade económica e, no entanto, a Praia recebe muito pouco do governo central. É isso também que as pessoas têm que pôr na mesa e ver que, de facto, há mais de vinte anos que essa norma foi aprovada na Constituição e a cidade da Praia está há 21 anos à espera pelo dito estatuto especial", explica.
Óscar Santos estima que a população da Praia ronde os 200 mil habitantes, o que corresponde a 35% da população de Cabo Verde e mais de metade da população de Santiago.