O Expresso das Ilhas esteve nas praias de Quebra Canela e Prainha, perto das 9h30, e deparou-se com areais quase vazios e poucas pessoas tomando banho de mar.
Nas areias da Prainha estava dois agentes da polícia e no mar três banhistas, entre os quais Genilson Pina do bairro Eugénio Lima.
“Estou aqui desde 9 horas. Depois de cinco meses posso dizer que esta abertura das praias foi boa, aproveitei e vim aqui para fazer fisioterapia”, revela.
Conforme este banhista desde que chegou a praia esteve sempre quase vazia e a Polícia Nacional “cumpriu com o seu papel”.
“A única coisa que está a faltar é um nadador salva-vidas”, aponta Genilson que, aquando da entrevista, se preparava para ir embora. Já eram quase 10h00, hora de encerramento das praias, conforme estipulado pelo o IMP.
Em Quebra Canela, o número de banhistas era maior do que na Prainha. E, ao que se pode constatar, as pessoas mantinham o distanciamento previsto nas medidas de combate à COVID-19. Facto confirmado por Elsa Tavares que chegou à praia às 9h00.
“Hoje toda a gente cumpriu o seu papel e aproveito a oportunidade para pedir aos cabo-verdianos para que cuidemos um dos outros porque já vimos que este vírus não vai acabar.Quebra Canela é uma maravilha como sempre, toda gente tinha saudades” apelou.
Para esta munícipe o horário das 6 até as 10 horas é bom e vai ser cumprido por todos.
Quem também estava na Quebra Canela é Ariano Silva morador de Achada Santo António.
“Para começo, o horário das 6 às 10 horas é bom, assim quem não trabalha pode acordar cedo e vir para a praia apanhar um treino. Ainda estamos poucos para saber se as pessoas estão ou não a cumprir o distanciamento social. Mas se respeitarem é bom”, considera.
Apesar do horário, Ariano diz que vai ficar até as 11h00. “Não para tomar banho, mas sim para contemplar o mar e matar as saudades”.
Entretanto, Rody Lopes que estava acompanhado dos amigos, afirma que não houve 100% do cumprimento do distanciamento social.
“Estou aqui desde às 7h30 a e posso dizer que houve momentos em que as pessoas fizeram o distanciamento social e houve momento em que a Polícia teve de chamar atenção para este facto”, conta.
Para este jovem, 6 horas é uma boa hora para se levantar e ir a praia. Ficar até às 10h00 “não é mau de todo”.
Na sequência da prorrogação do estado de calamidade nas ilhas de Santiago e Sal e o seu alargamento à ilha do Fogo, o Instituto Marítimo Portuário (IMP) decidiu que todas as todas as praias de Santiago podem ser frequentadas entre as 6 e as 10 da manhã a partir de hoje, dia 7.
Entretanto, os banhistas devem cumprir cumpram as regras estabelecidas pelo IMP como o distanciamento de "no mínimo 2 metros, etiqueta respiratória" e que se evitem aglomerações.
Em declarações à Inforpress, comandante dos Bombeiros da Praia, Celestino Afonso, garantiu que as três praias consideradas balneárias no concelho da Praia (Quebra Canela, Prainha e São Francisco) vão ter nadadores-salvadores para garantir a segurança aos banhistas a partir de quinta-feira, 10.
De recordar que o encerramento das praias balneares em Santiago, numa primeira fase, e depois a limitação das actividades balneares no Sal ao horário entre as 6h00 as 10h00, foi uma das medidas adoptadas pelo governo como forma de combater a transmissão dos SARS CoV-2 causadora do COVID-19.