Jorge Carlos Fonseca fez essa declaração na sua mensagem alusiva ao dia do professor cabo-verdiano que se celebra hoje, 23 de Abril.
Para o Chefe do Estado, nunca a profissão do professor foi tão importante como agora, “nunca dependemos tanto desta classe de homens e mulheres como neste último ano, nunca as nossas crianças mereceram tanto a sua atenção e cuidados como actualmente”.
“Neste ano em que atravessamos uma tormenta sanitária mundial, venho expressando a minha solidariedade e reconhecimento às várias organizações e classes profissionais da sociedade cabo-verdiana - em especial aqueles que estão na linha da frente -, pelo esforço que todos, na sua área específica, desenvolvem para que Cabo Verde consiga sair o mais rapidamente possível e com o mínimo de danos, desta pandemia da COVID-19”, frisa.
“Mas, hoje quero deixar o meu apreço especial a esta classe que a todos ensina: a nós políticos, aos engenheiros, advogados, aos médicos, enfermeiros, técnicos variados, aos balconistas, funcionários, mecânicos, electricistas, motoristas, etc, e a todos aqueles que um dia se sentaram numa carteira e descobriram a magia do conhecimento, na voz de um professor ou de uma professora”, agradece Jorge Carlos Fonseca dizendo que tudo aquilo que hoje sabemos ou fazemos, aprendêmo-lo um dia pela voz de um mestre, numa passagem de conhecimento que se perde na noite dos tempos.
Conforme o Chefe do Estado nas sociedades mais evoluídas do mundo actual, o professor deve ter um lugar de destaque, quer nas condições de trabalho, mas sobretudo na remuneração.
“Já tal acontecia na Antiguidade, reservando-se-lhe uma palma de prestígio e reconhecimento. Fazemos votos para que essa importância seja cada vez mais reforçada e alargada num mundo que clama, cada vez mais, pela passagem de valores, de princípios, e de um ensino que mantenha o espírito das humanidades, que são a base para a formação do carácter e do espírito livre. De um ensino de qualidade e exigência crescentes e que seja a base de um desenvolvimento autêntico para um país livre, competitivo e justo”, salienta.