Jorge Carlos Fonseca aproveitou a efeméride para felicitar toda a classe por essa data.
Por outro lado, o Presidente da República reconhece que este ano a data é celebrada em condições complexas. “As jornadas de confraternização, debate e reflexão conjunta, foram substituídas pelo isolamento, pelo confinamento, em razão da pandemia que nos aflige e condiciona, de forma poderosa, a relação professora /aluno”.
O chefe de Estado disse que tem acompanhado as preocupações que os diversos representantes dos professores têm manifestado sobre a continuidade do presente ano lectivo, sobre o ensino a distância, sobre os obstáculos que os professores têm de enfrentar neste momento, designadamente no que respeita à sua formação tecnológica e o acesso à internet, bem como as suas propostas de solução.
“O que vos posso dizer é que a COVID-19 veio mudar a nossa forma de estar em sociedade e obriga-nos a usar tudo o que dispomos e conhecemos para continuarmos a proteger valores que são importantes e determinantes. E a educação é um desses valores. Confio, pois, que os professores encontrarão o caminho para continuarem a ser o veículo privilegiado de transmissão de conhecimento a todos os seus alunos”, indica.
“As circunstâncias obrigam-no a uma permanente, quotidiana, formação em exercício, para não ser ultrapassado pelo ritmo avassalador dos acontecimentos, o que implica um esforço muito apreciável”, explica.
E considera que o professor tem a ingente tarefa de assumir a missão de mediador, entre um sistema estruturado para um mundo relativamente estável e uma realidade em vertiginosa transformação.
“É muito importante que nos preparemos para o debate que se seguirá. Naturalmente, a educação e os professores serão elementos essenciais na definição dos novos rumos, na construção de novos horizontes e continuarão a desempenhar o insubstituível papel de faróis da nossa sociedade”, assegura.
Para o chefe de Estado, a escola, enquanto instituição, tem procurado acompanhar esse movimento tão intenso quanto irreversível, mas enquanto essa adaptação global não ocorre, o professor tem de criar respostas para situações para as quais nem sempre teve tempo e condições para se preparar.
“É nestas conjunturas muito difíceis e complexas que vós, professores, sois obrigados a socorrer-se da principal ferramenta de que dispõem: a arte de ser professor, e com essa arte, que é só vossa, encontrar uma forma de chegar ao coração e à mente dos vossos alunos”, frisa.
Jorge Carlos Fonseca termina a sua mensagem, reafirmando a sua total confiança na importante classe docente que, de forma directa e indirecta, muitas vezes, tem enfrentado situações de grandes dificuldades, “não obstante os grandes avanços verificados no sistema educativo, está presente no dia-a-dia de todas as famílias cabo-verdianas”.