Reagindo ao pré-aviso de greve de três dias, convocado pelo Sindicato dos Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (Sitthur), com início a 09 de Fevereiro, Sérgio Sequeira pediu um tempo aos trabalhadores já que proposta do PCCS, que é reivindicação maior, já está aprovada pela administração da escola e a aguardar o parecer jurídico da tutela.
Sérgio Sequeira adiantou que, quando entrou para a administração da escola, de facto notou a necessidade de haver um PCCS e por isso em 2019 foi iniciado um processo para dotar a instituição desse instrumento de gestão.
Entretanto indicou que com a pandemia o processo parou em 2020, porque havia a necessidade de dar atenção a outras questões, tendo sido retomado em 2021.
“A tutela pediu um parecer jurídico sobre o documento e recebemos a indicação que precisava de melhoramentos. Fizemos esses melhoramentos e entregamos o documento a um jurista e voltamos a entregá-lo à tutela no final do ano passado”, contou.
No início deste ano, como forma de demonstrar a sua preocupação com a questão do PCCS, o Conselho de Administração aprovou o documento, pedindo à tutela uma celeridade quanto ao processo.
“Para nós tornou-se algo prioritário e deixamos sempre que nossa tutela percebesse a importância que isso tinha para a nossa instituição. Quer dizer que nós tudo temos feito para que isso aconteça e para que isso aconteça da melhor forma e os direitos dos nossos colaboradores sejam salvaguardados”, disse adiantando que da tutela recebeu garantias de uma “prioridade máxima”, mas sem uma data para a aprovação do documento.
A EHTCV labora com 42 trabalhadores, dos quais 34 estão sindicalizados. Sérgio Sequeira adianta que nem todos os colaboradores sindicalizados estão de acordo com o pré-aviso de greve, porque acreditam no esforço da Administração e querem privilegiar o diálogo.
Entretanto, adianta que a administração vai para a reunião de conciliação, marcada para o dia 07, segunda-feira, na expectativa de conseguir um entendimento com o sindicato para a suspensão da greve por forma a que imagem da escola não fique beliscada e os alunos não fiquem sem aulas por causa de um processo que está a decorrer.
“Acredito que possamos sentar e encontrar outras soluções, adiar eventualmente para outra altura, se for o caso de entrar com a situação mais extrema, mas nesse momento tendo em conta que todo o processo está a desenrolar e tudo tem sido feito pelo nosso conselho de administração e pela tutela entendemos que não é o momento para greve”, notou.
Sobre a exigência de “tratamento de respeito e consideração” para com os trabalhadores, Sérgio Sequeira disse que desconhece situações de falta de respeito para com os colaboradores, suspeitando que esse foi um ponto colocado no pré-aviso de greve sem que fosse discutido com os trabalhadores.
Em relação à denuncia de uma relação familiar na gestão da escola o presidente confirmou a existência de relação familiar, mas adianta que a mesma não tem afectado a gestão da escola, uma vez que a mesma já vem de 2017.
Os trabalhadores da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV) agendaram uma greve de três dias com início a 09 de Fevereiro para, de entre outros aspectos, protestar contra a não aprovação e implementação do sistema organizado de carreiras e salários
A Direcção-geral do Trabalho (DGT) já convocou para segunda-feira, 07, a reunião de conciliação entre o sindicato dos trabalhadores e a Administração da EHTCV, visando um acordo para a suspensão do pré-aviso de greve de três dias.