Na quinta-feira, a Polícia Judiciária comunicou a detenção de sete indivíduos suspeitos do atentado perpetrado contra o então presidente da Câmara Municipal da Praia. Constituídos arguidos, os homens, com idades compreendidas entre os 26 e os 75 anos, todos residentes na Praia, foram presentes a tribunal para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coacção. Os quatros suspeitos a quem foi decretada prisão preventiva são tidos como co-autores materiais dos factos. Os três que estão obrigados a permanecer em Cabo Verde são considerados, pelo Ministério Público, como instigadores.
O comunicado do Ministério Público recorda que o processo está em segredo de justiça e fala de um outro arguido, "cujos indícios foram enfraquecidos pelas provas apresentadas e que ficou sujeito apenas aos deveres de arguido".
A 29 de Julho de 2019, Óscar Santos foi atingido com um tiro quando, por volta da 5h30, se dirigia para um ginásio que frequentava no Palmarejo Baixo, cidade da Praia. À sua espera estavam dois homens encapuzados que, depois do disparo, se puseram em fuga. O ex-autarca foi transportado para o Hospital Agostinho Neto, onde foi operado para remover a bala que o atingiu no braço direito. Na sequência, Santos disse tratar-se de “uma cobarde vingança por acto que tenha praticado enquanto Presidente da Câmara Municipal da Praia”.