Um total de 112 mil euros em equipamentos de análise documental foram entregues hoje à Direcção de Estrangeiros e Fronteiras (DEF), no âmbito do Projecto “GESTDOC – Modernização e Reforço da Cadeia de Identificação e Segurança Documental em Cabo Verde e na Guiné-Bissau”, liderado pelo Camões, instituto português que lida com a cooperação daquele país europeu.
O coordenador do GESTDOC, Carlos Albino, explica que os equipamentos se destinam a reforçar o laboratório central de peritagem documental e as quatro unidades de segunda linha que existem nos aeroportos de Cabo Verde.
“São equipamentos muito técnicos, desde microscópios até comparadores espectrais de vídeo, que são equipamentos que tem vários tipos de luz, desde o infravermelho a ultravioleta, várias incidências de luz, diferentes no seu ângulo, têm também filtros de descodificadores de informação invisível que existe nos documentos e que nós não conseguimos ver ao olho nu, mas os peritos sabem que ela está lá”, explica.
Os equipamentos serão assim implementados nos quatro aeroportos internacionais, nas ilhas de São Vicente, Sal, Boa Vista e Santiago.
O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, refere-se ao acto como um momento importante.
"Estamos aqui no âmbito do pilar que é da detecção da fraude, de reforço do nosso laboratório central, aqui neste edifício. A Polícia Nacional está a modernizar-se, este é um processo que vemos debatendo há bastante tempo e um passo importante [...] A DEF estará a dar um passo importante, não só naquilo que é o reforço da sua capacidade de detecção da fraude, na primeira linha de fronteira, mas também a nível da perícia que é necessária sempre se fazer para efeitos judiciais", afirma.
O GESTDOC visa melhorar os níveis de segurança documental e de gestão das migrações em Cabo Verde e na Guiné-Bissau, contribuindo para o respeito dos Direitos Humanos e para o combate do tráfico de seres humanos.
Com um orçamento de 5 milhões de euros, o projecto é financiado pela União Europeia, através do Fundo Fiduciário de Emergência para África e gerido pelo Camões I.P., contando com o envolvimento de parceiros especializados portugueses, que trabalham conjuntamente com as entidades homólogas cabo-verdianas e Bissau-guineenses.
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