Paulo Rocha diz que há um conjunto de estratégias que têm que ser executadas no domínio da prevenção criminal, e com a realização do seminário serão discutidas as operações especiais de prevenção criminal.
"Existem algumas dúvidas quanto ao modelo de implementação. Este seminário, com a vinda também de especialistas de fora, ajudaram a perceber os melhores instrumentos, sendo certo que a intenção do governo e da Polícia Nacional é pôr foco nas operações especiais de prevenção criminal visando uma particular atenção focada naqueles que cometem infracções e que incomodam uma sociedade inteira", frisa.
Sobre o aumento de ocorrências criminais na ordem de 33%, Paulo Rocha, diz que várias razões explicam este aumento, destacando a retoma das actividades após o confinamento da pandemia como o principal motivo.
"Houve diminuição da circulação de pessoas, de muitas actividades [na pandemia] e na retoma sentimos esse aumento, mas há outras razões que podem explicar [o aumento], desde logo um aumento da conflitualidade social. Nós temos o aumento da violência, das ameaças, das agressões, das ofensas à integridade. Tivemos também um aumento dos crimes sexuais contra crianças, há portanto, um aumento da conflitualidade que ajuda a explicar esta questão do aumento das ocorrências criminais”, explica.
O Seminário “ Operações Especiais de Prevenção Criminal - OEPC”, reúne autoridades e chefias da PN, magistrados do Ministério Público e dos Tribunais, onde as autoridades policiais e judiciais de Portugal irão partilhar a suas experiências no âmbito destas operações com o objectivo de encontrar convergências de ideias, procedimentos operacionais e legais de forma que as OEPC sejam uma ferramenta útil e que obedeça aos direitos, liberdades e garantias previstos na Constituição.