Luís Fortes, que foi contactado pela Inforpress, disse que na manhã de hoje em vez de permanecerem junto à sede do IMar, na Cova Inglesa, os trabalhadores se concentraram à frente das instalações do Ministério do Mar, tutela do instituto, na Avenida Marginal, no centro da cidade.
Segundo a mesma fonte, foram recomendados a afastar-se um pouco do local, para o outro lado da calçada, e depois desmobilizaram-se ainda de manhã, muitas horas antes do previsto para o término da greve, marcada para acontecer às 7.30 de quinta-feira, 24.
Mesmo assim, Luís Fortes fez um “balanço positivo” da greve, que começou nesta terça-feira, 22, e teve a adesão, após recontagem, de “mais de 60%” dos colaboradores.
O sindicalista assegurou que agora o sindicato deve reunir-se com os trabalhadores e ainda solicitar audiências com o conselho de directivo do Imar e também com o ministro do Mar, Abraão Vicente, para apresentar propostas para resolução das reivindicações.
Como principal, conforme a mesma fonte, será propor o pagamento faseado do retroactivo do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), que, de acordo com informações da direcção do Imar, deverá ser aprovado em finais de 2023 e implementado em inícios de 2024.
“Outras das propostas é a aprovação do PCCS com a tabela salarial actual e depois aprovar uma nova tabela salarial mais à frente, que é uma forma dos trabalhadores garantirem os direitos às promoções e progressões”, sublinhou.
Por outro lado, segundo Luís Fortes, pretende-se propor também o pagamento faseado do subsídio de diuturnidade “a que os trabalhadores ganharam direito a partir de 2002 por mais de dez anos de trabalho na carreira sem progressão”, e, inclusive, com processos ganhos no Tribunal de São Vicente e no Supremo Tribunal de Justiça.
O montante, segundo a mesma fonte, já atinge cerca de 43 mil contos.