A decisão foi comunicada, hoje, à imprensa pelo secretário nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Luis Fortes.
“Temos 26 enfermeiros no HBS, quatro ou cinco técnicos, quatro ou cinco trabalhadores do depósito de medicamentos, para além de alguns médicos nesta situação. Os trabalhadores, tendo contrato de prestação de serviço, não vão trabalhar enquanto a situação não for regularizada. Isto vai acarretar dificuldades no funcionamento do hospital e dos outros serviços. Lamentamos esta situação criada pelo próprio Ministério da saúde”, diz.
A conferência de imprensa contou com a presença de um grupo de profissionais de saúde afectados pela situação. O líder do SINTAP explica que dos contactos que fez com a Direcção-geral do Planeamento, Orçamento e Gestão (DGPOC) ficou acordado o pagamento dos salários até à última sexta-feira, o que não aconteceu.
“Na segunda-feira desta semana continuamos a insistir porque a situação não foi resolvida, sempre adiantando que iria ser resolvida, mas depois deixamos de ter contacto”, explica.
Para além da sobrecarga de trabalho e do número insuficiente de enfermeiros, Luis Fortes volta a denunciar os contratos precários.
“Houve um concurso há mais de dois anos que já expirou. Temos enfermeiros que estiveram em bolsas de competência que eles não chamaram e a situação vem agravar-se agora com a chamada sucessiva de enfermeiros para fazer contratos precários de trabalho. São contratos de prestação de serviço e passam muitos meses sem receber o salário. É desumano”. Refere.
Quanto aos serventes, o SINTAP questiona o não cumprimento de um acordo assinado com o anterior ministro da Saúde no sentido de aumentar o salário considerado “extremamente baixo”.