Maria Celina Ferreira diz que a taxa de prevalência de VIH-SIDA ronda os 0,6%, na população geral de 15 aos 49 anos.
“Mas temos também algumas subpopulações que têm prevalências elevadas, que variam de 2,3 a 6%, e essas populações são populações vulneráveis que merecem toda a atenção de prevenção, de oferta de meios de protecção e também de tratamento, em caso de positivo. A prevalência de VIH nas mulheres é de 0,7% e nos homens 0,4%. Em Cabo Verde, morrem em média 70 pessoas por ano por causa de VIH-SIDA. As mortes ocorrem mais nos homens, sobretudo, homens que chegam já em fase atrasada, diagnóstico tardio e também fase de doença”, explica.
Por sua vez, a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, avança que Cabo Verde tem cerca de 3 mil indivíduos seropositivos, garantindo que o Governo está a trabalhar para pôr fim à SIDA no horizonte 2030.
“Atingirmos a nossa meta, que é erradicar a transmissão vertical no ano 2024, e erradicar a transmissão indivíduo- indivíduo, que faz parte da agenda 2030. Neste momento temos cerca de 3 mil indivíduos seropositivos que vêm sendo acompanhados individualmente e há que incentivar esses indivíduos para continuarem a tomarem as suas medicações para continuarem a fazer os controlos”, avança.
Em Cabo Verde, o teste de diagnóstico é gratuito no serviço público de saúde e nos postos clínicos móveis das ONG. Anualmente, são realizados 25.000 testes de rastreio da infeção VIH. De acordo com as instruções do guia nacional, a realização de teste é proposta sistematicamente às grávidas nas consultas de pré-natal, bem como a todas as pessoas com doenças de transmissão sexual, a todos os parceiros/as dos casos VIH positivos e sempre que a situação comportamental ou clínica assim o justificar. Além de ser gratuito, o teste também pode ser realizado por solicitação espontânea do utente em qualquer centro de saúde ou hospital do país.