Filomena Gonçalves sublinha que Cabo Verde tem-se destacado na implementação de estratégias e acções de combate ao uso de drogas, com avanços notáveis e resultados encorajadores, mas que ainda há trabalho a fazer.
“Sabemos que ainda há muito a ser feito. Há que continuar a investir em programas de prevenção, tratamento e reinserção social, além de fortalecer a capacitação dos profissionais de saúde. Nesta ocasião tão importante, enfatizamos a necessidade de se colocar as pessoas em primeiro lugar, fortalecendo a prevenção, eliminando o estigma e a discriminação. Para alcançarmos uma sociedade saudável e feliz, é fundamental investir na educação da população e promover um estilo de vida saudável”, defende.
A governante quer reforçar o acesso a tratamentos adequados, garantir a reinserção social e profissional dessas pessoas e combater a discriminação em todas as suas formas.
Durante o acto central alusivo ao Dia Mundial Contra as Drogas, o Escritório das Nações Unidas contra a Droga e Crime o (UNODC) em Cabo Verde fez a apresentação das principais conclusões do relatório mundial sobre as drogas. O documento foi apresentado por Solange Ramos, conselheira dos serviços de aplicação da lei da UNODC.
“Houve um aumento exponencial do consumo de drogas em 2021. Cerca de 296 milhões de pessoas usaram drogas, sendo certo que cerca de 13 milhões injectaram-nas. Portanto, também realçamos o impacto das drogas, o impacto crescente da droga ilícita, relativamente aos conflitos que tem proporcionado a sua expansão e aceleração. E também não negligenciamos que todo esse cenário tem levado a constrangimentos no papel dos serviços de saúde e da aplicação da lei”, revela.
As actividades alusivas ao dia mundial contra as drogas, que se assinala hoje visa aumentar a sensibilização para a importância de tratar as pessoas que consomem drogas com respeito e empatia, prestar serviços voluntários baseados em evidências e combater o estigma e a discriminação contra as pessoas que consomem drogas.
O referido acto contou com a presença da Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia De Souza.