As denúncias foram feitas em conferência de imprensa proferida pelo presidente da USV, Tomás Delgado.
“A DRT-SV, que antes funcionava com 5 colaboradores, 1 delegado, 3 técnicos e 1 administrativo, neste momento, tem apenas 2 colaboradores, o delegado e 1 técnico. Os outros, 2 técnicos e 1 administrativo, saíram e, até ao momento, não foram substituídos. É mais do que evidente que, com essas condições e com esses limitadíssimos recursos humanos, a DRT-SV jamais poderá dar resposta e resolver os inúmeros problemas que quotidianamente lhe são colocados. Muitas vezes não há sequer um atendedor. As pessoas vão e não encontram ninguém para os atender”, diz.
O responsável sindical recorda que além de São Vicente, a Delegação Regional do Trabalho cobre as ilhas de Santo Antão e São Nicolau, tanto na promoção de um clima de paz social, como através da mediação e resolução de conflitos laborais. Tomás Delgado afirma que há cerca de seis meses que a organização que lidera tem vindo a receber muitas queixas e reclamações de trabalhadores e de algumas entidades empregadoras, sobre “o deficiente funcionamento” da Delegação Regional do Trabalho em São Vicente (DRT-SV).
“De realçar a morosidade no agendamento das reuniões de conciliação e na emissão de pareceres, falhas no atendimento, entre várias outras reclamações. Isto é grave, e só vem demonstrar o descaso e o desinteresse deste Governo, em relação a uma área tão importante, como é o setor laboral. Aliás, basta ver que, da enorme estrutura governativa, não existe um Ministério do Trabalho”, considera.
A União dos Sindicatos de São Vicente e os sindicatos que o constituem exigem do Governo medidas concretas e urgentes, com vista a por cobro à situação.