O governante deu esta garantia durante a sua intervenção na cerimónia de entrega oficial da ajuda alimentar da China, correspondente a mil e quarenta e duas toneladas de arroz para o reforço e abastecimento dos Produtos Alimentares de Primeira Necessidade (PAPN).
Na sequência da aprovação de um conjunto de medidas mitigadoras dos impactos da escalada de preços dos alimentos e dos combustíveis e visando uma maior resiliência do sistema alimentar no País, o Governo de Cabo Verde decidiu solicitar aos seus parceiros de desenvolvimento uma ajuda alimentar de emergência para apoio às famílias mais vulneráveis.
De acordo com Gilberto Silva, esta doação representa a expressão concreta de uma cooperação profícua de uma China que, realçou, tem sido uma parceira importante do desenvolvimento de Cabo Verde, acrescentando que a ajuda vem num momento em que Cabo Verde tem estado a sofrer consequências de várias ordens.
“E Cabo Verde, por ser um País importador, quase 80% dos produtos alimentares que consumimos são importados, é evidente que esta escalada de preços tem consequências negativas na população cabo-verdiana toda ela, mas com reflexos em riscos maiores de insegurança alimentar junto da franja da população com maiores necessidades”, afirmou, reforçando que esta ajuda vem na hora e corresponde à resposta afirmativa da República Popular da China ao pedido de Cabo Verde.
O ministro garantiu, neste sentido, que o arroz doado pela China terá bom uso em Cabo Verde e será destinada à classe da sociedade cabo-verdiana que mais precisa e será gerida com total transparência.
“Estou a referir-me àqueles que, por uma razão ou outra, são consideradas mais vulneráveis e será gerida através das instituições e organizações da sociedade civil que se dedicam à actividade de assistência alimentar, será destinada às instituições do Estado que se ocupam também desta mesma actividade e a outras organizações complementares que de alguma forma trabalham para fazer com que os cabo-verdianos possam se alimentar melhor”, acrescentou.
Por seu turno, o embaixador da China em Cabo Verde, Xu Jie, referiu que o governo chinês concedeu três lotes de ajuda alimentar a Cabo Verde em 2916, 2017 e 2019 respectivamente, lamentando o facto de nos últimos anos Cabo Verde estar a sofrer secas severas, de os preços dos alimentos básicos terem-se disparado significativamente e de muitas famílias cabo-verdianas terem sido atingidas.
“O Governo cabo-verdiano formalizou o seu pedido ao governo chinês e este concordou em fornecer uma vez mais a ajuda alimentar no valor de 141 milhões de escudos e, em junho de 2023, os alimentos foram transportados com sucesso até ao porto da Praia”, asseverou, almejando que este lote de ajuda alimentar contribua positivamente no alivio das dificuldades do povo cabo-verdiano.
Garantiu, por outro lado, que a embaixada da China estará a reforçar contacto e a cooperação com as instituições cabo-verdianas, adequando de forma precisa as necessidades reais e promovendo activamente a implementação do novo programa para apoiar o País no cultivo da capacidade e crescimento interno.