A avaliação feita, hoje, em conferência de imprensa por Heidy Ganeto de Andrade corresponde aos últimos oito meses do ano.
“A situação laboral actual em São Vicente nestes últimos meses de Janeiro a Agosto é considerada de uma calamidade laboral sem precedentes. Os trabalhadores desta ilha vivem com o mísero salário mínimo que mal chega para viver, senão remediar. As condições de trabalho e de vida são péssimas, aliadas às pressões, perseguições e despedimentos”, aponta.
O responsável sindical lembra que o poder de compra dos trabalhadores reduziu com os aumentos dos preços dos bens e serviços de primeira necessidade.
“Por causa disso passam mal juntamente com os familiares”, afirma.
“Estamos a ter um aumento dos bens de primeira necessidade, e em algumas empresas privadas ainda não pagam o salário mínimo. São reclamações que recebemos durante as reuniões que temos com os trabalhadores. É uma situação que nos preocupa porque a cada dia a vida está mais difícil e mais cara. Também temos uma situação nas fábricas em que há despedimentos todos os dias, concretamente na Atunlo e na Frescomar”, afirma.
O líder local do SIACSA diz que a Direcção-Geral do Trabalho (DGT) e a Inspecção-geral do Trabalho (IGT) enfrentam limitações legais e carecem de meios humanos e materiais para dar seguimento às queixas dos trabalhadores dos ministérios e autarquias locais.
Heidy Ganeto pede uma maior atenção relativamente aos contratos precários que são celebrados com trabalhadores de diversos ramos de actividade.