Segundo afirmou, esta tendência manifestou-se em Cabo Verde pela primeira vez em 2018, tendo mostrado igualmente preocupação com a questão dos vários tipos de suicídio ocorridos no país nesta semana e nos últimos meses.
“Nos preocupa, um caso já é demais, mas tivemos dois casos relacionados com homicídio com base na VBG e outros casos de suicídios de homens. E já vamos perto de duas dezenas desde o início do ano”, lamentou.
Ou seja, segundo esta responsável, são questões que o ICIEG tem estado a alertar que afectam os homens e também de forma distinta as mulheres.
Avançou que o ICIEG tem sentido aumento de denúncias, alertando que quanto mais denúncias houver mais conseguirão prestar assistência às vítimas.
“Necessitamos que haja denúncias para podermos actuar, trabalhando para que isso realmente não aconteça”, reforçou, admitindo a necessidade de um trabalho contínuo na educação, directamente no seio dos jovens e crianças para se reverter a situação.
Conforme adiantou, o ICIEG tem realizado acções neste sentido, tendo já neste primeiro trimestre promovido várias dezenas de acções junto às escolas, a nível nacional, através dos pontos focais existentes nos diversos municípios.
“Começamos desde o jardim de infância e vamos até ao ensino secundário abordando todas as temáticas, não só na violência no namoro como também o cyberbullying, as questões de género, de tolerância e da paz, para que realmente se possa trabalhar na prevenção”, precisou.
Estas afirmações foram feitas à imprensa à margem da formação dirigida aos profissionais do Ministério da Justiça em técnicas de prevenção e tratamento dos casos de VBG, promovida pelo ICIEG e parceiros, com financiamento da Fundación Religiosos para la Salud (FRS) da Espanha.