Segundo a presidente do ICIEG, Marisa Carvalho, o projecto responde às necessidades que se têm constatado no terreno, em concreto a falta de casas de acolhimento.
“Como sabemos, a lei especial contra a VBG prevê a existência de casas de abrigo, que são casas específicas para dar o acolhimento a vítimas de VBG e os seus dependentes em situação de perigo eminente de vida, mas, no entanto, verificamos que é necessário ter outras estruturas que permitam uma transição para mulheres vulneráveis e vítimas de VBG que não estejam numa situação de perigo eminente de vida”, afirma.
Marisa Carvalho avança que vão existir equipas do ICIEG para dar assistência a nível psicológico e de formação.
“Com o tempo, as equipas do ICIEG, em termos de assistência psicológica, assistência de formação e capacitação, estarão disponíveis para trabalhar juntamente com estas mulheres, definir planos individualizados de formação e capacitação, para que possam desenvolver a sua própria autonomia, não económica, mas também emocional e pessoal”, destaca.
A construção das casas de abrigo acontece no âmbito do projeto "Melhor acesso a recursos e cuidados de qualidade a mulheres e menores vítimas de violência de género nas ilhas de Santiago, Fogo e Santo Antão".
O projecto está orçado em cerca de 435 mil euros e é financiado pela Cooperação Espanhola, com coordenação da Fundação Religiosas para a Saúde.