​São Vicente: Cruz Vermelha já garantiu 200 mil contos para apoiar vítimas da tempestade Erin

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,3 set 2025 14:08

Pelo menos 200 mil contos já foram garantidos por parceiros internacionais, em resposta ao apelo da Cruz Vermelha, para apoio às populações afectadas pela tempestade Erin, que atingiu São Vicente, Santo Antão e São Nicolau no dia 11 de Agosto. Países da União Europeia, Estados Unidos da América e Japão já responderam ao apelo.

Informação avançada hoje por Alexander Claudon, chefe da delegação do cluster de Dakar da Federação Internacional e do Crescente Vermelho, que cobre países como Cabo Verde, Senegal, Mauritânia e Gâmbia.

“Estamos a mobilizar a solidariedade internacional. Até ao momento, Portugal, Espanha, Estados Unidos, a União Europeia, Japão, Luxemburgo, Suíça e Noruega já contribuíram. Já temos mais ou menos 200 milhões de escudos garantidos para Cabo Verde. Podemos fazer mais. Para a etapa de recuperação, é importante compreender quais são as necessidades”, diz

O responsável discursava, em São Vicente, durante a cerimónia de apresentação do Fundo de Resposta a Emergências e Desastres (DREF), bem como das estratégias de actuação.

Abdoul Wahabou, director do Gabinete de Catástrofes da Cruz Vermelha de Cabo Verde, recordou que o apelo internacional lançado pela instituição ascende a 340 mil contos.O plano de resposta prevê apoiar 1.500 famílias e centra-se em áreas como abrigo, habitação e assentamentos, atribuição de subsídios em dinheiro para múltiplos fins, saúde, saneamento e higiene, bem como proteção, género e inclusão, além do envolvimento da comunidade e da responsabilização.

“Em abrigo, vamos dar às famílias alguns itens domésticos, como um kit de abrigo, mantas, etc. Também vamos dar dinheiro às famílias para lhes permitir responder às necessidades prioritárias. Vamos trabalhar para fortalecer a saúde individual e comunitária. Depois, temos de garantir água, saneamento e higiene dentro das comunidades”, aponta.

Para além da equipa da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, estão no terreno equipas médicas, de logística e de coordenação da Cruz Vermelha de Cabo Verde. O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, Arlindo Carvalho, sublinha que o Norte do país é considerado uma zona de risco, anunciando a intenção de instalar um centro de operações humanitárias em Porto Novo, destinado a servir não só Cabo Verde, mas também a sub-região africana.

“A visão da Cruz Vermelha de Cabo Verde aponta o Norte do país como uma zona de risco. Há cerca de quatro anos, conseguimos, juntamente com o município de Porto Novo, adquirir 20 hectares de terreno, pensando na possibilidade de montar um centro de operações humanitárias aqui no Norte, para servir não só Cabo Verde, mas também a nossa sub-região africana. Infelizmente, a natureza mostrou que estamos no caminho certo e vamos dotar o país, juntamente com o Governo, com as Nações Unidas e com a Federação, de estruturas resilientes que possam, de imediato, dar resposta às necessidades”, afirma.

A cerimónia de apresentação do Fundo de Resposta a Emergências e Desastres e das respectivas estratégias contou com a presença do primeiro-ministro e de outros membros do Governo. Na ocasião, Ulisses Correia e Silva agradeceu a mobilização das instituições humanitárias em prol das populações afectadas.

“Gostaríamos de focar neste momento a atenção nas pessoas. Agradeço à Cruz Vermelha por este movimento de angariação de apoios, quer financeiros, quer materiais, quer técnicos, para podermos dar uma boa resposta. Juntos iremos vencer e voltar novamente à normalidade em São Vicente, Santo Antão e São Nicolau”, refere.

A tempestade Erin, que atingiu São Vicente a 11 de Agosto, provocou nove mortos, deixou duas pessoas desaparecidas, destruiu habitações, inundou estabelecimentos comerciais e causou inúmeros estragos.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,3 set 2025 14:08

Editado porAndre Amaral  em  7 set 2025 18:19

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