A posição do partido foi expressa hoje, no parlamento, pela deputada Maria de Fátima Silva, no período antes da ordem do dia.
“Nós precisamos que o governo apoie os cabo-verdianos carenciados em Angola, sobretudo os idosos. Muitos não estão enquadrados no sistema para receber o subsídio do governo de Cabo Verde, no valor de vinte (20) dólares, o que em Angola corresponde a dois mil kwanzas, que mal chegam para uma refeição”, afirma.
Maria de Fátima Silva pede a implementação de medidas para ajudar os descendentes cabo-verdianos no sector da educação.
“Muitos filhos de cabo-verdianos em Angola terminam o 1º e 2º ciclos, depois não conseguem dar continuidade aos estudos e é neste sentido que pedimos ao governo para que crie condições, como bolsas de estudo, para que possam, por exemplo, vir estudar em Cabo Verde”, indica.
Ligações aéreas
A TAAG - Linhas Aéreas de Angola - suspendeu no final de 2016 os voos directos entre Luanda e Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, alegando que a rota não era rentável. A deputada do PAICV destaca os constrangimentos que esta medida tem na comunidade.
“Em Angola, temos vontade de vir a Cabo Verde, mas não conseguimos porque para chegar aqui temos que apanhar um voo via Marrocos, África do Sul ou Portugal e isto acarreta um custo que a comunidade não tem condições de suportar”, sublinha.
Em resposta, sem entrar em detalhes, o ministro de Estado Fernando Elísio Freire anunciou as visitas a Angola do ministro dos Negócios Estrangeiros, em Fevereiro, e do Primeiro-Ministro, em Março.