Segundo António Monteiro, presidente do partido, que falava em conferência de imprensa realizada quinta-feira, no Mindelo, é o Governo quem deve decidir sobre a matéria.
“Nós achamos que não deve haver referendo. Aqui a posição é política e caberá ao Governo decidir sobre esta matéria. O Governo do MpD decidiu e bem apresentar esta lei sobre a regionalização e nós achamos que este é o caminho. Qualquer outra atitude, em propor referendo, ou outras coisas do tipo pensamos que é querer inviabilizar o processo”, assegura.
O Primeiro-Ministro cabo-verdiano estima em 400 milhões de escudos anuais o custo da regionalização, que prevê a criação de 10 regiões administrativas, nas nove ilhas habitadas. Para a ilha de Santiago, a maior e mais populosa de Cabo Verde, está prevista a criação de duas regiões. A UCID não concorda com a proposta apresentada pelo MpD, mas o partido está aberto ao diálogo.
“O modelo apresentado pelo MpD não é o modelo que a UCID defende. A UCID já disse ao Primeiro-Ministro que, dependendo da abertura do Governo, relativamente à aceitação de algumas propostas que o partido poderá fazer em sede de debate no parlamento, o partido irá posicionar-se”, afirma.
Esta semana, o ministro de Estado, Fernando Elísio Freire, entregou ao Parlamento a proposta de lei do Governo que cria as regiões administrativas.
Quarta-feira, a presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, pediu a realização de um referendo sobre a regionalização.