Em causa, informações postas a circular no Facebook e que davam conta do falecimento de uma mulher grávida, durante o transporte de barco da Boa Vista para a ilha do Sal. Na verdade, a paciente em questão morreu no hospital do Sal, após uma intervenção cirúrgica, apesar de, efectivamente, ter sido transportada de barco, por falta de transporte aéreo.
“Penso que o poder judicial deve começar a punir as pessoas que publicam no Facebook notícias falsas. Não fica bem a um partido político utilizar notícias falsas ou com elementos falsos para fazer política partidária. Eu penso que não se deve aproveitar a morte de pessoas ou do sofrimento delas para tirar dividendos políticos, não fica bem eticamente”, defende.
O transporte da jovem grávida da Boa Vista para o Sal, por via marítima, e em condições precárias, foi filmado e colocado nas redes sociais. Orlando Dias questiona as circunstâncias em que o vídeo chegou às redes sociais.
“É grave filmar uma doente no barco a ser evacuada, é anti-ético e uma situação muito bem urdida. E espero que o PAICV não esteja por trás disso, a pôr pessoas a filmarem uma doente no barco para publicar no Facebook”, sugere.
Num comunicado emitido esta segunda-feira, o Hospital Ramiro Figueira, na ilha do Sal, negou que a jovem tenha morrido durante o transporte.
A mulher, de 30 anos, sofria de uma cardiopatia mitral e viria a morrer no sábado, depois de ter sido operada, e na sequência de um agravamento da sua situação clínica.
O Ministério Público já anunciou que vai investigar o ocorrido. Também o governo anunciou a abertura de um inquérito.